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Vítor Bento é aquele senhor que, depois de quase uma década afastado do Banco de Portugal para exercer funções privadas, acabou promovido por mérito na casa de origem, podendo reformar-se com uma pensão mais alta.
Passando entre as gotas que mal se fizeram sentir, logo a seguir foi cooptado por Cavaco para substituir no Conselho de Estado um Dias Loureiro, cuja idoneidade andava pelas ruas da amargura.
Como aquele do Pingo Doce, é uma das vozes mais ouvidas pela imprensa, sempre em defesa de sacríficios para outros.
Mais uma vez colocado perante um microfone não se acanha e protesta. Portugal deve evitar o caminho perigoso do igualitarismo, disse.
No fundo percebe-se o receio de um dos economistas mais influentes do estado a que se chegou. Num sítio onde certos comportamentos cívicos tivessem repercussões, Bento não teria sido promovido e muito menos convidado para ser conselheiro de Estado.
Nem todos os portugueses têm o talento para ser confrontados com oportunidades tão excepcionais e brilhantes.
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