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Políticas para fracos e políticas para fortes

por Tempos Modernos, em 29.06.12

 

Uma das coisas que o fim do Antigo Regime trouxe foi a igualdade perante a lei.

 

Em teoria, desapareceram privilégios de classe, de casta. Os poderosos, os mais ricos, nobreza e clero, passaram a ser julgados pelos mesmos tribunais, pelas mesmas leis, a sofrer as mesmas penas.

 

De ontem para hoje, Espanha e Itália, grandes países em dificuldade, já conseguiram o desbloqueio do pacto de crescimento e um envolvimento maior das estruturas da união europeia no seu financiamento.

 

Ao contrário da Grécia, Irlanda e Portugal têm uma capacidade para evitar a destruição económica e empobrecimento que os mais pequenos não têm tido. Embora estes se mantenham excessivamente altos, Mário Monti e Rajoy garantiram para os países que governam juros fora dos níveis de usura a que outros estão sujeitos.

 

Haver tratamento diferenciado dos vários países que integram a União Europeia em função da sua capacidade de forçar a barra, de subir a parada, é justificado por muitos com a real politik.

 

Estão errados. A questão é moral e de cidadania europeia. Ser forte com os fracos e débil com os fortes tem um nome: Cobardia. Trate-se de pessoas, trate-se de países.

 

E políticas que mantenham o status quo são cobardes, imorais e anti-democráticas. Quem defenda o contrário tem a cabeça formatada pelo longínquo século XVIII.

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publicado às 11:54

IVA mata pequenos estabelecimentos

por Tempos Modernos, em 28.06.12

 

Há escassas semanas o aumento do IVA na restauração provocou o alarme de cafés e restaurantes.

 

A subida de 10 por cento do valor a entregar ao Estado, em grande parte dos casos sem repercussão nos preços cobrados aos clientes, faz mossa.

 

O aumento afecta milhares e milhares de pequenos estabelecimentos, muitos de economia familiar, muitos praticando uma economia de quase subsistência, com pequeno número de empregados, subitamente confrontados com a crescente falta de clientes.

 

São restaurantes, cafés, snack-bares, pastelarias. Um sector que alimenta e dinamiza realmente a economia nacional. Tirando nas bebidas, nos produtos de limpeza, recorre em larga escala aos pequenos distribuidores, mercados e produtores locais. Garantem muitos milhares de postos de trabalho, em regra permanentes. Não deslocalizam lucros para a Holanda. Pagam cá os impostos.

 

Em tempos de crise, os jantares fora são das primeiras coisas a cortar. Imagina-se que se passará o mesmo com os pequenos-almoços na rua. Basta andar nos transportes públicos com olhos de ver para confirmar o aumento do número de passageiros transportando sacos térmicos, com refeições trazidas de casa.

 

Cada café, cada restaurante, cada snack-bar fechado é uma carga para o erário público, para o contribuinte, para a segurança social. Destrói postos de trabalho no café, no distribuidor e no produtor que abastecia a casa, até nas centrais cervejeiras e nas cafeeiras. Desempregados que receberão subsídio de desemprego. Empresas que deixam de pagar IVA e IRC. Gente que deixa de contribuir para a Segurança Social e de pagar IRS.

 

Parece da mais elementar racionalidade financeira que ao menos se repusesse o IVA nos 13 por cento, como aliás foi recentemente sugerido à esquerda, pelo PCP, com chumbo da maioria. O que se pouparia em prestações de desemprego e o que se ganharia em produção para o PIB não compensaria o corte?

 

Pode argumentar-se que não sei o impacto financeiro que teria a mexida no IVA. É verdade. Mas, por outro lado, Passos Coelho e Vítor Gaspar também não.

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publicado às 13:31

Desproteger a maternidade em nome da igualdade

por Tempos Modernos, em 28.06.12

A desculpa agora é a de que não há dinheiro e os últimos anos terão aumentado a quantidade de contratos a recibo verde.

 

O problema é que os acertos em Portugal são sempre para baixo e nunca para cima, excepto no que toca a rendas público-privadas e nomeações coloridas.

 

Não está mal, sendo o ministro do CDS-PP, partido campeão dos direitos das famílias. E depois há quem aplauda. Os que nada têm ficam demasiadas vezes felizes por ver descer os que ainda têm qualquer coisinha.

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publicado às 11:38

Matérias em falta

por Tempos Modernos, em 27.06.12

Queria ter escrito sobre a moção de censura apresentada pelo PCP, sobre as quebras de receitas públicas e aumentos do IVA, sobre a condenação de Ricardo Rodrigues e as negações do Relvas, sobre o apreço de Mário Soares por Carvalho da Silva e o alarme de socialistas como Vital Moreira, sobre um novo manifesto que aí anda para discutir a esquerda no 5 de Outubro, sobre a nomeação de José Luís Arnaut para a REN.

 

Mas ando sem pachorra.

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publicado às 13:16

Nora Ephron (1941-2012)

por Tempos Modernos, em 27.06.12

 

É tão raro ir-se ao cinema por causa de um(a) argumentista.

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publicado às 09:55

É isto um jornalista?

por Tempos Modernos, em 26.06.12

Em texto de recomendação diz a chefia que o chefiado nunca levantou obstáculos à realização de qualquer trabalho e que ainda por cima é de trato fácil.

 

Acaso tivesse eu uma empresa de comunicação ou andasse necessitado de um relações públicas acho que contratava o rapaz.

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publicado às 22:56

Perímetro sanitário

por Tempos Modernos, em 25.06.12

 

Ouve-se dizer que Cavaco foi ao São João e espera-se o pior.

 

A reportagem começa no bairro das Fontainhas e adivinha-se a chacina martelante na presidencial cabeça.

 

Mário Soares andou por lá em tempos e não foi poupado às marteladas. Recebeu-as divertido.

 

Mas Cavaco não andou nas ruas. A acção nas Fontainhas decorria em paralelo.

 

O inquilino de Belém refugiou-se num barco do Douro e apreciou o fogo de artifício à distância.

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publicado às 10:20

O olho de Samaras

por Tempos Modernos, em 24.06.12

Em todo o lado é que não.

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publicado às 15:14

Tempos maus para as artes adivinhatórias

por Tempos Modernos, em 24.06.12

 

Agora que O Astro regressa à televisão, sabe-se que Maya não previu o que tinha de fazer para ganhar o concurso que lhe permitiria continuar a arrasar o sossego de Manta Rota, tal como Gaspar não previu coisa nenhuma das que nos arrasam o sossego a todos.

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publicado às 12:24

Velhos hábitos?

por Tempos Modernos, em 23.06.12

 

A direita sul-americana tem uma tradição e proveito golpistas - consentidos e até fomentados por democracias do Norte - que faz olhar para o ultra-rápido julgamento e destituição legal do presidente paraguaio com grande cautela.

 

Na prática, o que aconteceu nas Honduras cujo governo democraticamente eleito foi deposto por um golpe de estado em 2009? que dirão agora as diplomacias europeias e norte-americanas? Que se o eleito é de esquerda então não vale?

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publicado às 11:52

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