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"Treat me like you really should"

por Tempos Modernos, em 30.11.12

 

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publicado às 21:22

Uma terra de vinhos controversos

por Tempos Modernos, em 28.11.12

 

 

(Foto: oliveirasalazar.org)

 

Não é que viesse grande mal ao mundo se uma meia-dúzia de garrafas de vinho produzidas a partir da baga - agreste casta da região do Dão - fosse vendida sob o nome comercial de Memórias de Salazar. Aquilo deverá andar perto do intragável para paladares habituados à macieza do Douro e do Alentejo e sempre se ficava a conhecer a identidade dos produtores que tal referência querem aproveitar.

 

No entanto, o Instituto Nacional da Propriedade Intelectual não autorizou o uso da marca Memórias de Salazar, por recear que a ordem pública fosse posta em causa. Soa a cautela a mais: o mais provável era que o eventual prejuízo das quebras anormais nos pontos de venda recaísse sobre as seguradoras.

 

Nos blogues da direita, nalguns institutos e jornais, há sempre quem se horripile com insinuações de que têm alguma tolerância com um passado "salazarento". Desta vez não será diferente e voltarão a dizer que já era tempo de acabarem estes sinais "de falta de maturidade democrática". 

 

A indignação é mais que previsível. Estes desassombrados braços-de-ferro, pendões da liberdade de espírito, vêm sempre das bandas dos eleitores e eleitos da direita (o promotor da ideia, o autarca João Lourenço, é do PSD). 

 

No fundo, este tipo de ponto de honra é uma opção tão válida como outra qualquer para averiguar se Portugal é um país realmente livre. E aposta-se até que se o referido Lourenço fosse nascido há 50 anos teria demonstrado idêntico destemor e quiçá passado, como outros passaram, pela António Maria Cardoso. 

 

 

 

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publicado às 17:51

Prossegue a ficção

por Tempos Modernos, em 27.11.12

No Diário de Notícias dá-se guarida à ideia de que o CDS conseguiu fazer a diferença em relação ao Orçamento de Estado para 2013 diminuindo de 4% para 3,5% da sobretaxa no IRS. Ao fim e ao cabo como se esta não tivesse sido agora criada e já fosse aplicada em orçamentos anteriores.

 

O que o CDS consegue é uma subida de 3,5% nos impostos a pagar pelos portugueses através da criação de uma sobretaxa nova que não existia. Mas isso não ficava tão bem na fotografia do partidos dos contribuintes.

 

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publicado às 13:54

Prendas domésticas

por Tempos Modernos, em 26.11.12

Sou uma pessoa qualificada. O tipo que me ensinou a fritar peixe conquistou duas estrelas Michelin nos últimos anos.

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publicado às 19:11

Egoísmos termitantes

por Tempos Modernos, em 26.11.12

 

(Foto: ecoespacio.es)

 

Os liberais-soberanistas catalães encheram-se de contribuir para o orçamento do Reino e resolveram pedir eleições, a ver se referendavam a independência.

 

Tramaram-se e perderam 12 deputados. Terá havido muitos outros motivos, mas talvez alguns eleitores tenham percebido que o mercado consumidor castelhano e das restantes autonomias não é de deitar fora se a Catalunha quiser continuar como um dos motores económico na Península. A ver o que dá entretanto o novo equilíbrio de forças com a subida da Esquerda Republicana.

 

No Brasil, esperam-se manifestações exigindo a Dilma Rousseff que vete o aumento da percentagem dos lucros do petróleo a redistribuir pelos estados não produtores. Seja em que país for, é sempre um gosto, ver os egoísmos regionais e locais sobreporem-se aos interesses do colectivo.  

 

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publicado às 18:38

Espírito Santo (1919-2012)

por Tempos Modernos, em 25.11.12

 

(Foto: serbenfiquista.com)

 

Uma velha glória do futebol e do atletismo, quase completamente esquecida.

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publicado às 21:35

A Conferência Nacional dos Jornalistas que ontem se realizou na Casa do Alentejo, em Lisboa, parece ter passado maioritariamente ao lado do publicado nos jornais de hoje. No noticiário, pelo menos no online, só referências en passant. Sintomático e previsível. Quem faz as agendas perdeu há muito a noção de algumas coisas que são notícia e ouve sempre os mesmos a dizerem as mesmas coisas.

 

Correcção: Inicialmente tinha-se escrito 4ª Conferência dos Jornalistas. 

 

 

 

 

 

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publicado às 21:05

Larry Hagman (1931-2012)

por Tempos Modernos, em 24.11.12

 

 

 

Um dos maiores vilões de todos os tempos.

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publicado às 10:20

Passos Coelho avisou há dias que Portugal vetará o orçamento da União Europeia se este não for mudado. Por sua vez, Cavaco considerou-o "inaceitável". Quando até o bom aluno rabeia e fala grosso, mesmo que seja para consumo interno, isso deve querer dizer algo sobre o estado de alma dos 27.

 

Conciso como sempre, Medeiros Ferreira lembra que em Novembro além do orçamento europeu ainda há o doméstico para resolver: são muitas contas ao mesmo tempo mas "ninguém se enganará que isto não é um concurso de prognósticos".

 

Adepto confesso de futebol, e críptico como costuma ser, com uma frase destas é bem provável que o antigo ministro dos Estrangeiros receie já o fim do jogo

 

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publicado às 21:46

Claro desajuste institucional

por Tempos Modernos, em 23.11.12

Cavaco presidiu ontem à entrega dos Prémios Gazeta 2011 e, como vai sendo hábito, o discurso saiu-lhe inadequado e desajustado.

 

Talvez o inquilino de Belém se julgue legitimado pelo precedente dos presidentes dos Estados Unidos da América que todos os anos jantam com os correspondentes de imprensa na Casa Branca e dão livre curso aos dotes humoristicos. Só que a iniciativa não é isenta de críticas e é suficientemente perversa para não  fazer parte das coisas boas da vida política e jornalística norte-americana. Apesar de tudo, tem como atenuante o facto de o presidente dos EUA ser alguém que em simultâneo exerce funções de mais alto representante da nação e executivas. De ser alguém que diariamente torna visíveis os seus pontos de vista e que toma partido.

 

Não é isso que se passa em Portugal, onde o primeiro-ministro governa e do Presidente da República se espera que seja atento, arbitral e um garante do cumprimento da Constituição e da unidade do Estado. Alguém em quem se deposite confiança e que ponha água na fervura.

 

Ora, Cavaco foi eleito para ser Presidente da República. Não para fazer piadolas entre jornalistas. O discurso de ontem, não terá saído do presidencial punho. Não é um improviso espontâneo, mas o tom é semelhante ao dele. Quando Cavaco tenta o humor, este sai-lhe no mínimo amarelo e na maior parte das vezes cai mal.

 

Os que o elegeram (e os que o não elegeram também, já agora) desejavam num momento de emergência nacional ter um presidente à altura da crise. Não têm. Cavaco aproveitou a entrega dos Gazetas de Jornalismo para lançar farpas aos que lhe criticaram a inacção e silêncios públicos. Mas Cavaco não pode ver como um capricho que os portugueses lhe peçam que fale. Com o seu discurso desvalorizou as queixas e preocupações diárias de quem vive perplexo com as acções da tróica, com a falta de trabalho, com o receio do que trará o Orçamento de Estado para 2013, com a ideia de reforma das funções do Estado. 

 

Pareceu também ressentido com os que no justo exercício das suas funções e actividades políticas e cívicas lhe têm pedido que envie o orçamento para o Constitucional. Mostrou-se ainda insensível com a ameaça (e realidade) de falência que pende sobre as cabeças de dezenas e dezenas de milhares de empresas, de famílias, ao felicitar o Clube dos Jornalistas por ainda não ter fechado.

 

No final, Cavaco pediu aos jornalistas para dizerem que ele não tinha dito nada. Por acaso, era o melhor que tinham feito. Os Prémios Gazeta são para homenagear e discutir o jornalismo e não o papel do Presidente da República. Com o seu discurso, Cavaco abafou o resto.

 

Cavaco podia não ter dito nada. Preferiu dizer que não tem condições nem capacidades políticas para exercer o cargo que exerce num país a viver a situação que vive.

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publicado às 10:57

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