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É fácil imaginar Durão Barroso como um dos dias da semana do Conselho Central Europeu dos Anarquistas criado por Chesterton. Ou reptilíneo numa fábula de Cardoso Pires. Ou dissimulado num filme de Polansky.
Falta-nos a impiedade de uma Agustina ou de uma Maria Velho da Costa para acompanhar a carreira do homem que dirigiu a União Europeia desde a invasão do Iraque até ao afundar do ideal europeu.
José Manuel Fernandes não foi o único a defender a guerra que tão criminosos efeitos teria no Iraque e no mundo. Entre os seus sopranos mais ruidosos contaram-se também figuras como Vasco Rato, Helena Matos ou António Ribeiro Ferreira - tudo gente bastamente activa, apesar das debilidades do currículo analítico.
Quinta-feira, num editorial do Público escreveu-se acerca d'"O erro que deu «mil saddams» ao mundo". O texto veio a propósito das acusações contra Tony Blair feitas pela comissão que investigou a participação britânica na invasão do Iraque de 2003.
Desmemoriados, esqueceram-se de olhar para o umbigo e referir os muitos editoriais de José Manuel Fernandes - o director da casa que, à epoca, tanto defendeu a posição pró-guerra saída da cimeira das Lajes.
Depois de ter deixado o diário sob fumos de conspiração, Fernandes tornou-se publisher de um projecto financiado por gente amiga de Durão Barroso. A coisa teve como primeiro director aquele que foi assessor de imprensa do primeiro-ministro Durão Barroso, o mesmo jornalista que agora assumirá a direcção do Público.
Em tempos, um colega do Técnico, antigo federado de Andebol, recusava o desporto como escola de virtudes.
Nos treinos, não lhe tinham faltado ensinamentos acerca do modo de anular o adversário com violência dissimulada - uma mão puxando-lhe a camisola, uma cotovelada no lugar certo. Manhas várias, pois.
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