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Um tópico muito recorrente no discurso do PSD é a catástrofe a que o país está sujeito sempre que há governações do PS. De como as acções governativas do PS afugentam todo e qualquer o investimento estrangeiro.

 

Gritam muito alto como para serem ouvidos lá fora. Como se por falarem, a coisa acontecesse. Como se quisessem reforçar a hipótese de ser ouvidos e assim minar a resposta económica obtida por outras governações que não a sua.

 

Agora é Passos Coelho a descobrir um país dominado pelos comunistas e pelos bloquistas. Do Minho ao Algarve, uma série de diabos vermelhos a evitar cuidadosamente por qualquer empresário digno desse nome. Felizmente, amigo, o PSD avisa. Como avisa sempre.

 

Por isso também me rio sempre, muito, quando ouço alguém daquela banda a falar de sentido de Estado.

 

 

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publicado às 14:23

Passos sem estabilidade

por Tempos Modernos, em 29.08.16

Pedro Passos Coelho insiste na "obrigação moral" da esquerda em garantir a estabilidade do país.

 

Quer dizer, tem razão, sim, mas com ressalvas. Depois das últimas legislativas, Passos Coelho não se coibiu de formar Governo quando já quase toda a gente tnha percebido que a sua não era uma solução estável.

 

Depois disso, tem havido bastantes mais meses de estabilidade política do que aqueles que ele e Paulo Portas foram capazes de garantir.

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publicado às 09:45

Marques Mendes é um político que cria factos que interessam ao seu partido, o PSD, e que uma estação de televisão usa como comentador.

 

Ontem deu o tiro de partida. Falou da necessidade de remodelar o Governo de António Costa. Como se fosse uma figura neutra, Mendes falou na mudança de titulares nas Finanças, na Economia e na Educação.

 

Se o primeiro pode ser acusado de falta de habilidade e o segundo de mal se dar por ele, com a pasta da Educação a coisa é diferente.

 

Remodelar Tiago Brandão Rodrigues é uma reestuturação que serve sobretudo os donos de colégios privados e os autores e editores de livros e manuais de exames - clientelas do anterior governo, apoiado por Marques Mendes.

 

Do lado do BE, da CDU e dos sindicatos é muito pouco provável que existam grandes queixas do ministro. Estão bem recordados de Nuno Crato. Resta a Marques Mendes ir dando uma má imagem do ministro Tiago Brandão Rodrigues. Queimá-lo em fogo lento.

 

O tiro de partida de Marques Mendes e a ideia de remodelação têm obvia intenção partidária, Mas os seguidores estão garantidos.

 

O facto virtualmente inexistente na véspera foi de imediato aproveitado por vários interessados no fim do Governo de Costa. De ontem para hoje até surgiram jornalistas a dar como garantido que Costa "já percebeu que tem de efectuar uma remodelação governamental".

 

Os achanços e desejos íntimos de Marques Mendes e de alguns jornalistas ainda não se tornaram factos. Embora pelo que se vai lendo, às vezes pareça.

 

A falta que fazem jornais e jornalistas com outra cultura, capazes de dar o outro lado dos discursos e acompanhar de outra perspectiva as vicissitudes de um Governo apoiado pela Esquerda parlamentar.

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publicado às 19:52

Esquerda com 53 por centos dos votos portugueses

por Tempos Modernos, em 05.08.16

Já agora, mais mais duas coisas dignas de nota nesta curiosa conclusão editorial do Expresso, alargada ainda à SIC e à SIC-Notícias (e ao falido Económico),

 

1. Por um lado, na análise dos resultados desta sondagem ignora-se que a conversão dos votos em mandatos é feita por distrito e pelo método de Hondt. O que a ficha técnica  da sondagem diz é que os votos foram estratificados por regiões NUT de nível II. Não falam na distribuição por distritos, mas sim de uma leitura nacional.

 

Se um só partido obtivesse uma maioria absoluta a nível nacional, isso poderia indiciar e implicar a sua vitória e o direito a formar Governo. Já a soma das votações nacionais de vários partidos tende a ignorar os restos de cada distrito, votos efectivamente recebidos, mas não suficientes para serem convertidos em mandato de um deputado.

 

Vários restos acumulados a nível nacional em vários partidos podem indicar uma subida de votação, mas já não indicam necessariamente a otenção de votos que permitam ao partidos somados atingirem uma maioria absoluta.

 

2. Mas se a análise técnica e meramente numérica tem fragilidades, a análise política não se fica a rir. A realidade é que a sondagem não dá exactamente uma maioria absoluta de 45,2 por cento a dois partidos. O que a sondagem dá realmente é que, somados, os três partidos, PS, BE e CDU, atingiam já 53 por cento das intenções de voto a nível nacional. Dito como foi dito pelo Expresso, e repetido nos canais televisivos do grupo de Balsemão, até pode dar a impressão que a solução governativa não tem vindo a ganhar apoiantes e gente satisfeita com ela.

 

O que ocorre aos jornalistas que fizeram a análise (e aos que a repetiram) não é vincar a subida de votos da solução existente. O que lhes ocorre é ler os números de modo que ponham em causa a solução a três.

 

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publicado às 21:19

Há umas quantas semanas, jornalistas da secção de política de um dos periódicos nacionais queixavam-se das instruções diárias das chefias para fazer notícias que indiciassem cisões entre os partidos que apoiam o Governo de António Costa.

 

É um tipo de registo informativo que fala mais dos estados de alma dos jornalistas que o promovem que da realidade dos factos. Durante a última campanha eleitoral, só se viu um jornalista a acertar no Governo que aí viria, caso a coligação de Passos Coelho e Paulo Portas não chegasse à maioria absoluta.

 

O resto ignorou essa opção. Com desdém, desenhou cenários de menosprezo da capacidade de entendimento dos partidos da esquerda parlamentar. Bem se lixaram. E pagaram com um erro evitável a informação que deram aos leitores.

 

Mas a falha grosseira não teve grandes consequências a nível da consciência jornalística. Pelo menos, nada que afectasse por aí além um certo tipo de raciocínio. No Expresso, grande jornal político, persiste-se na análise de sondagens a partir do paradigma mental que determinou o espanto com a coligação parlamentar entre PS, BE e CDU.

 

Nova sondagem do semanário faz título com "PS e BE à beira da maioria absoluta". E continua-se na entrada com um "PS poderia dispensar CDU de um entendimento à esquerda para conseguir governar". Fazem-se, pois, contas com base na possibilidade de correr com um dos partidos de esquerda, procuram-se portas de entrada para o minar da confiança entre parceiros de uma coligação que tem funcionado.

 

A leitura de quem faz a análise é formalmente inatacável. Os números não deixam de poder ser lidos como foram. Infelizmente, confunde informar com estados de alma pessoais e colectivos da corporação activa e evita pôr outros dados na mesa.

 

A força da coligação que apoia o Governo PS decorre também da amplitude de forças que a constituem. Tem mais peso só por si uma solução com os três partidos que uma solução que contasse apenas com um deles. Não é indiferente me termos simbólicos ter o apoio de toda a esquerda parlamentar ou ter apenas o apoio de parte desses partidos. Os ganhos desta solução são muitos. Já as perdas não as conheço.

 

Ter BE e CDU na equação permite ao PS jogar um com o outro (e até com um contra o outro, nas muitas circunstâncias em que ambos se queiram emular). Ter  o BE permite ao PS justificar muitas das chamadas medidas fracturantes e modernizantes. Ter a CDU permite trazer para a solução governativa uma massa específica sindical e autárquica que o BE não tem.

 

Depois, para o PS, a CDU é uma enorme garante de fidelidade ao acordado. O BE garante aos socialistas uma combatividade e uma vivacidade não despiciendas.

 

Deitar fora um dos parceiros da coligação parlamentar, minaria a confiança dos parceiros. Quando chegará a minha vez, perguntaria o outro. E, enquanto isso, o que ficasse de fora só dificilmente se voltaria a mostrar disponível para entendimentos. Mesmo que tenha sido apanhado num momento irreptível, António Costa sabe que fez História ao unir as esquerdas.

 

Duvida-se que esteja disposto a deitar fora o que conquistou.

 

 

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publicado às 17:06

Ainda sem perceber a Constituição

por Tempos Modernos, em 19.07.16

No PSD continuam com dificuldades de perceber o que aconteceu nas últimas legislativas.

 

Atira para o PS, BE e CDU a responsabilidade de aprovarem o Orçamento do Estado de 2017. O que faz sentido.

 

Só que depois o fraseado escapa-se-lhe para o ressentimento quando diz que os partidos que apoiam o Governo devem "construir as soluções que [...] que assegurem a durabilidade do Governo".

 

O chefe da bancada laranja, Luís Montenegro, não terá reparado que o Governo do seu partido e do CDS-PP, saído das legislativas de 2015, não aprovou programa e nem um mês conseguiu durar?  Mal por mal, os que lá estão já conseguiram aprovar programa e durar quase oito meses. Sempre mostraram mais "soluções de governabilidade, com estabilidade, consistência, que assegurem a durabilidade do Governo" que as apresentadas por Passos Coelho e Paulo Portas.

 

 

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publicado às 21:25

transtejo.jpg

 

(fonte: setubalnarede.pt)

 

O Governo reverteu a subconcessão a privados dos transportes públicos de Lisboa e Porto. Fez bem. Muito bem, mesmo que não seja essa a convicção do grosso das sensatas direcções jornalística.

 

Já há umas semanas, Joana Petiz, da direcção do Diário de Notícias, reclamava da opção anunciada pelo PS ainda durante a campanha eleitoral - uma posição contrária à entrega dos STCP, Carris, Metro e Transtejo a privados e igual à, há muito, defendida pelo BE e pela CDU.

A argumentação não era propriamente sofisticada:

 

“A intenção […] não vem de provas dadas de que o negócio foi mau, de que a nova gestão não convence, de que o público ficou mal servido. É motivada por divergências ideológicas: a esquerda não concorda com a entrega da gestão das empresas de transportes a privados e quer voltar a pôr o Estado à frente. O Estado, esse gestor de mão cheia!”

 

Se a jornalista conseguia reconhecer a existência de divergências ideológicas – bravo!, em regra, a direita faz-se de sonsa e refugia-se num alegado pragmatismo técnico -, já não conseguiu escapar à falácia de que o Estado tem o ADN contaminado por qualquer bicheza que o obriga a ser mau gestor.

 

É uma ideia peregrina que, como lembrou, há uns anos, a então deputada bloquista Ana Drago, esbarra antes em apostas partidárias que tratam mal a coisa pública e que depois se servem desses maus tratos para justificar a sua entrega a privados: é a história do parricida que pedia clemência ao juiz por ser órfão.

 

 

Esta gente gosta muito dos privados, mas em vez de os deixar competir num mercado livre onde possa com risco produzir riqueza, opta antes por lhes garantir rendas estatais em sectores sem concorrência, como os dos transportes e outros.

 

Os transportes públicos são uma área de actividade cuja obrigatoriedade de prestação do serviço obriga à manutenção de linhas e carreiras, de uma qualidade mínima dos meios circulantes . Áreas que serão sempre deficitárias, de onde nenhum privado, por excelente que seja a gestão, tirará lucro e cuja manutenção seria suprida por indemnizações compensatórias.

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publicado às 22:00

Ainda não se viu bem o que é que eles querem?

por Tempos Modernos, em 08.11.15

Os jornalistas de política a merecer respeito dos leitores esgotam-se, quase de certeza, em menos de uma mão. Estão longe de servir a informação e depois admiram-se com as vendas e com os falhanços.

 

Nas últimas semanas, quase tudo tem servido para noticiar dificuldades negociais entre os partidos da esquerda parlamentar: Dos excessos revolucionários do BE e da CDU, da profunda divisão e oposição interna socialista, do protagonismo de Catarina Martins, da subida do salário mínimo para seiscentos euros já a partir de amanhãzinho cedo, do não conhecimento atempado de um programa, da ausência de ministros dos partidos contrários aos compromissos internacionais do Estado português, do excesso de moções de rejeição e de acordos a assinar, da demora das negociações. O Governo de esquerda corre o risco de chegar e os jornalistas não darem por ele.

 

Um jornal de referência terá mesmo conseguido desencantar um dirigente comunista capaz de dizer que Costa não tinha condições de ser primeiro-ministro por não ter vencido as eleições. Outros interpretaram estados de alma e garantiram o descontentamente dos eleitores do PS, BE e CDU com as negociações à esquerda, pouco interessando que sondagens feitas entretanto nada sugerissem quanto ao tão propalado e anunciado desencanto.

 

Na sexta-feira, o PCP emitiu um comunicado dando conta do fecho do acordo com o PS. Foi preciso esperar pelas três quase em ponto da tarde de ontem para que os órgãos de comunicação - pela mão de Paulo Pena, um dos poucos jornalistas políticos que vale a pena ler - começassem a reparar, timidamente, no que dizia o comunicado:

 

Estão "reunidas as condições para [...] a adopção de uma política que assegure uma solução duradoura."

 

Andou Cavaco a exigir uma solução estável, comentadores garantindo ser melhor um governo da direita por dez dias do que um governo viabilizado pela esquerda durante um ano e meio, e quando um dos partidos excluíveis do sistema fala em "solução duradoura", o esmagador e ruidoso grosso dos jornalistas  de política nem sequer reparou na frase.

 

Agora, a comissão nacional do PS aprovou por esmagadora maioria o resultado das negociações da esquerda e o programa de um Governo já cá está fora; o BE aprovou o acordo com os socialistas; os Verdes - que noutras circunstâncias teriam já sido dados como uma simples correia de transmissão comunista - já deram o aval a uma solução de Governo dirigida por António Costa. E, mesmo assim, ainda há quem mantenha a esperança e sonhe com o colossal  recuo que hoje há-de sair da reunião do comité central do PCP.


 

 

 

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publicado às 11:49

Totós, quais totós?

por Tempos Modernos, em 05.11.15

Queixam-se da falta de acordo da esquerda, da demora de um mês em produzir resultados.

 

A mesma comunicação social que consegue emparelhar três apoiantes do Governo PSD-CDS/PP e da tróica no mesmo painel de comentadores e, de certeza, ainda fala em liberdade de imprensa, queria era ter estado este mês a fazer coisas giras com o conhecimento do acordo, do programa e com a opinião pública. 

 

O subdirector do Diário de Notícias recupera ainda a tese manifestada, este fim-de-semana, por Henrique Monteiro, ex-director do Expresso, num painel de comentário televisivo em que também participou: a de que a existência de três moções de rejeição evidencia um PS, um BE e uma CDU "incapazes de se entenderem" nos motivos da recusa do programa da Coligação de Direita e a sua incapacidade para suportarem conjuntamente um Governo. 

 

Empenhados em encontrar o pauzinho na engrenagem, misturam acessório e essencial. Em tempos de convergência, ignoram os sentidos da reafirmação de valores e convicções programáticas perante os eleitorados habituais. Monteiro e Saraiva passam por alto, como se não tivesse existido, a intencional e simbólica convergência na eleição do Presidente e da mesa da Assembleia da República.

 

De Monteiro é melhor não falar, mas Nuno Saraiva é mais sofisticado do que os argumentos que tem utilizado.

 

 

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publicado às 08:47

Unidade no Protesto, solução governativa?

por Tempos Modernos, em 30.09.12

A propósito da última sondagem divulgada pela RTP/Antena 1/Católica, a maioria das análises jornalísticas ignorou o facto de CDU e BE terem igualado a intenção de voto do PSD.

 

Vincando subidas nos votos nulos e brancos, preferiu-se, como habitualmente, ficar pelo comentário aos partidos da alternância governativa. Falou-se da óbvia ultrapassagem do PSD pelo PS. Passou-se levianamente pelas movimentações dos outros.

 

Apesar das contradições em torno da subida da TSU - matéria tutelada por um ministério do CDS-PP-, o partido de Portas manteve resultados. O que não deixa de ser curioso.

 

Mas se as setes vidas do ministro dos Negócios Estrangeiros parecem longe de se ter esgotado, o dado verdadeiramente novo desta sondagem foi o do peso conjunto da CDU e do BE no actual cenário.

 

Vinte e quatro por cento é mais do que o PS teve nas eleições em que Cavaco foi eleito pela primeira vez. Pouco menos que a votação do PSD aquando da primeira vitória de Sócrates.

 

Até aqui, CDU e BE têm pedalado na sua própria bicicleta.  Terão possivelmente algo a ganhar se se unirem na "luta contra a austeridade" como tudo indica ir acontecer. A aliança em protestos conjuntos tornará mais visíveis outras opções governativas.

 

Durante anos, CDU e BE têm alertado para a situação hoje vivida. Resta saber se a essa razão conseguirão juntar a credibilidade. E se com essa legitimação acrescida conseguirão atraiar os olhos de um corpo eleitoral que tem sempre preferido as soluções pronto-a-vestir e o ódio anti-políticos.

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publicado às 21:32


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