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Mas irá ao México e em trabalho que Portas ganhou bastante expertise nos sectores da construção e dos combustíveis, nas bem recentes passagens pela Defesa e pelos Negócios Estrangeiros.

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publicado às 17:27

Uma terra de vinhos controversos

por Tempos Modernos, em 28.11.12

 

 

(Foto: oliveirasalazar.org)

 

Não é que viesse grande mal ao mundo se uma meia-dúzia de garrafas de vinho produzidas a partir da baga - agreste casta da região do Dão - fosse vendida sob o nome comercial de Memórias de Salazar. Aquilo deverá andar perto do intragável para paladares habituados à macieza do Douro e do Alentejo e sempre se ficava a conhecer a identidade dos produtores que tal referência querem aproveitar.

 

No entanto, o Instituto Nacional da Propriedade Intelectual não autorizou o uso da marca Memórias de Salazar, por recear que a ordem pública fosse posta em causa. Soa a cautela a mais: o mais provável era que o eventual prejuízo das quebras anormais nos pontos de venda recaísse sobre as seguradoras.

 

Nos blogues da direita, nalguns institutos e jornais, há sempre quem se horripile com insinuações de que têm alguma tolerância com um passado "salazarento". Desta vez não será diferente e voltarão a dizer que já era tempo de acabarem estes sinais "de falta de maturidade democrática". 

 

A indignação é mais que previsível. Estes desassombrados braços-de-ferro, pendões da liberdade de espírito, vêm sempre das bandas dos eleitores e eleitos da direita (o promotor da ideia, o autarca João Lourenço, é do PSD). 

 

No fundo, este tipo de ponto de honra é uma opção tão válida como outra qualquer para averiguar se Portugal é um país realmente livre. E aposta-se até que se o referido Lourenço fosse nascido há 50 anos teria demonstrado idêntico destemor e quiçá passado, como outros passaram, pela António Maria Cardoso. 

 

 

 

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publicado às 17:51

Sugestões gratuitas

por Tempos Modernos, em 18.11.12

Uma publicação que está agora nas bancas  fez tema de capa com aquilo que diz que é necessário fazer para se ser contratado por umas dezenas de empresas.

 

Acrescento ideias para se ser contratado por mais uma: Achar brilhantes todas as ideias dos directores e não responder aos ataques, prepotências, má-criações e deficiências de carácter de chefias.

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publicado às 18:10

Consciência social com o dinheiro dos outros

por Tempos Modernos, em 05.11.12

 

 

(Foto: Presépio de José Franco em rcmafra.com)

 

Há três ou quatro natais, em e-mail a que tive acesso e que foi enviado aos jornalistas com contrato e a outro pessoal da casa, um grupo jornalístico lembrava a necessidade de que as empresas tivessem consciência social. Pedia por isso aos seus trabalhadores que contribuíssem com dinheiro para comprar presentes para as crianças de uma obra de assistência.

 

Havia jornalistas indignados pois a empresa não satisfeita em pagar-lhes 500 euros, pelas dez horas e mais de trabalho diários, ainda lhes vinha lembrar como eram egoístas por não contribuirem para ajudar as crianças.

 

Podia referir o nome da empresa, mas como não me lembro dos contornos exactos do pedido, nem da identidade de quem o fez, prefiro omiti-la.

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publicado às 19:25

A miséria como única certeza

por Tempos Modernos, em 08.07.12

Martin Wolf apenas disse o óbvio. Ou Portugal cresce três a quatro por cento ou continua pobre e no caminho para a ruína.

 

A equação é muito simples, mas não faz sentido só agora. Sucessivos governos puseram (e continuam a pôr) a tónica na diminuição do défice público. Solução única? Destruir o estado social. Quem os ouça falar imagina que éramos um modelo de Estado Providência.

 

Ora, como se sabe, o défice é dado em função do Produto Interno Bruto, uma medida da criação de riqueza nacional.

 

Se a riqueza crescesse, leia-se se a produção crescesse, - os gastos actuais podiam manter-se no mesmo nível quantitativo. Com uma diferença. Constituiriam uma percentagem mais baixa do PIB, logo o défice baixaria.

 

Claro que os decisores políticos se têm sempre esquecido deste pormenor. Contam aliás com a iliteracia matemática dos indígenas. Depois, o objectivo ideológico tem sido acabar com o Estado Social.

 

Em grande medida desde Durão Barroso, com o Código do Trabalho de Bagão Félix, medidas anunciadas como visando o reforço do crescimento económico recaíram sempre nos trabalhadores, precarizando-os e embaratecendo-os.

 

E se nem todos os partidos do arco governamental participaram nesse desígnio com a mesma convicção dos militante, na prática, em acordo com o catecismo da terceira via, seguiram políticas que apenas reforçaram esse caminho.

 

Ao contrário do prometido, sucessivas privatizações não garantiram mais competitividade ou melhores serviços. Atiraram para a mão dos grandes grupos, e de clientelas com livre trânsito entre partidos e administrações, rendimentos que poderiam pertencer ao Estado e ajudar a sustentar Saúde, Educação e Segurança Social.

 

Martin Wolf tem razão. Mas quem lha dará entre os partidos do actual Governo? PSD e CDS-PP estão apostados em escorropichar a desculpa da tróica todo o tempo que puderem. Depois logo se vê.

 

As preocupações de Passos Coelho, Relva e Portas não são com os nossos filhos e com os nossos netos. São só com os deles.

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publicado às 15:56

Sintonias

por Tempos Modernos, em 27.01.12

Um amigo faz-me notar como os chacras andam alinhados.

 

Carvalho da Silva deixa a CGTP e Silva Carvalho abandona a Ongoing.

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publicado às 10:46

Da geração e da corrupção

por Tempos Modernos, em 16.01.12

Tito de Morais, que apesar da formação em engenharia viveu uma vida dura de exílio, regressou a Portugal onde exerceria a presidência da Assembleia da República, em mandato de cujo exercício concreto não tenho idade para me lembrar.

Em determinada altura, ofereceram-lhe um cargo na administração de uma grande empresa pública e ele recusou. Achava imoral o salário que lhe ofereciam. Morreria em 1999, desgostoso com o seu PS de sempre. Eram ainda os tempos de António Guterres.

Sabe-se do papel de Eduardo Catroga na elaboração do programa do actual Governo PSD-CDS/PP. É bem conhecida a sua doutrina sobre os cortes nos salários, fins nos subsídios, despedimentos. É bem conhecida a sua vida lauta de sucesso em administrações variadas e a reforma de quase dois mil contos mensais nessa moeda antiga a que Portugal corre sérios riscos de regressar.

Não sei se fez todos os descontos para ela – e por isso a ganhou com o seu trabalho, embora não a devesse poder acumular com salários do valor do que vai auferir – ou se o antigo ministro das Finanças de Cavaco aproveitou a legislação para se servir com o melhor dos mundos. Sei que é um daqueles que tem contribuído para transformar a sociedade portuguesa numa sociedade corrompida.

Não por qualquer acto de relevo penal, mas por, pelas posturas (modos de nomeação, salários como o que vai auferir na EDP), demonstrar as contradições e hipocrisias do arco do regime na gestão de décadas das coisas públicas: Sem vergonha, alardeando presumida superioridade, "valores" de mercado e ainda acusando os que sofrem os cortes de inveja e ignorância.

 

Os textos e as justificações de quem encontra argumentos para defender a sua nomeação para a EDP e a dimensão salarial são uma das faces mais sórdidas de um país corrompido, desigual, injusto, onde as oportunidades só sorriem para alguns. Face tanto mais suja quando o salário de Eduardo Catroga será pago com o dinheiro das contas da electricidade dos portugueses, como até os seus alertam.


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publicado às 10:50

Da moralidade na política

por Tempos Modernos, em 12.01.12

 

António Capucho, há dias, em debate na SIC-Notícias, afirmou que o PS não tinha moralidade para falar das nomeações de Catroga, Braga de Macedo, Teixeira Pinto e Celeste Cardona para a EDP futuramente chinesa.

Em abstracto, António Capucho tem razão. Nunca o PS se coibiu de distribuir cargos e lugares no aparelho de Estado como se o Estado fosse a sua coutada pessoal.

Na prática, não tem razão nenhuma.

O ex-presidente da Câmara Municipal de Cascais e ex-conselheiro de Estado indicado pelo PSD não se limita a fazer uma crítica - legítima - ao PS.

Capucho usa-a para branquear a actuação do seu partido, o PSD, e do parceiro de coligação, o CDS-PP.

 

Agora que toca os seus não vê no caso nada de invulgar ou pouco claro, Então se até são chineses que mandam agora na empresa.

 

Apenas comprova que os partidos escolhem para aconselhar o Presidente da República, senadores mais preocupados com os preciosismos técnico-jurídicos que com a ética e a cidadania.

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publicado às 15:23

Imagens que se desgatam

por Tempos Modernos, em 06.01.12

Na sequência do baptismo da Estação de Metro da Baixa-Chiado com o nome de uma empresa de comunicações, alguém se lembrou de rebaptizar  outras estações. E clandestinamente, sobre as designações oficiais, colocou auto-colantes com os logótipos de outras empresas.

 

Entretanto, o Metro removeu tudo:

 

"Para «não afectar a normal circulação dos comboios», foi necessário «efectuar a limpeza em ambiente oficinal, o que obrigou à retirada gradual das carruagens». Na quinta-feira ao final do dia, a empresa afirmava que já todos os autocolantes tinham sido retirados."

 

Mas confesso não perceber como é que retirar as carruagens para as oficinas afecta menos a normal circulação dos comboios do que limpá-las durante as viagens. E não o percebo nem como cliente, nem como engenheiro.

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publicado às 12:25


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