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República aqui ao lado

por Tempos Modernos, em 09.10.17

A falha de apelos à concórdia do discurso de Filipe VI antecipa que a Espanha não voltará a ter uma rainha.

 

O pai de Leonor defendeu uma divisão que acabará cobrada aos Borbóns.

 

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publicado às 09:40

Por um destes dias, Pierre Moscovici foi barrado por jornalistas que lhe perguntaram das sanções contra Portugal e Espanha. O comissário europeu para os assuntos Económicos e Financeiro respondeu-lhes que "as regras dev[ia]m ser aplicadas de forma inteligente". 

 

Não ocorreu a ninguém perguntar se existe inteligência na Comissão Europeia. É que num mercado que funciona por representações e expectativas, Bruxelas vem mantendo ao longo de meses as economias ibéricas sob os holofotes mundiais.

 

 

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publicado às 11:47

Desnortes europeus II

por Tempos Modernos, em 27.06.16

Bruxelas quer impor sanções a Portugal e Espanha por causa do falhanço do seu próprio plano de ajustamento - um regime de empobrecimento e de tranferência de riqueza que é soberana, económica e socialmente criminoso.

 

Logo no seguimento do Brexit, ameaçaram o Reino Unido com retaliações e deixaram claro ser eles os donos da Europa. De modo cobarde, esperaram pelas eleições em Espanha - não fossem prejudicar o PP, partido que lhes fez os fretes.

 

Oito anos de crise espalhada e ainda não perceberam nada da Europa que criaram nem das consequências da hostilidade, humilhações e ressentimentos que teimam em cultivar. Se têm mesmo vontade de manter o projecto de pé, não se nota muito.

 

O referendo proposto ontem por Catarina Martins na convenção do Bloco de Esquerda, pode não ter cobertura constitucional, mas possivelmente já antecipava a notícia desta segunda-feira. Alguma coisa terá de fazer-se. E se a coisa não é reformável por dentro, bem se pode criar algo de limpo e asseado ao lado.

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publicado às 15:05

Uma causa inglória

por Tempos Modernos, em 24.06.16

As sondagens condicionam votos. Desvirtuam por isso a democracia e nem deviam ser publicadas.

 

Mas em  todos os lugares do mundo há uns chicos-espertos que arranjam maneira de contornar a legislação.

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publicado às 19:31

Portugal demora muito a formar governo?

por Tempos Modernos, em 07.04.16

A Espanha anda desde 20 de Dezembro para formar Governo.

 

Para permitir por cá a nomeação mais céleres dos executivos, uma veterana do jornalismo político português insinuava, em Novembro, uma revisão de prazos constitucionais.

 

Como se os emperramentos propositados de Cavaco tivessem origem no texto da Constituição. Lendo-a apenas vê-se como a rapidez de nomeação nada tem a ver com a Lei Fundamental. E, em contraponto, como são frágeis as bases em que assentam tantas opiniões do jornalismo político.

 

É apenas conversa velhinha e ideológica de jornalistas e comentadores políticos, uma gente que se especializou na política nacional sem ter lido a Constituição e sem perceber das coisas da política muito mais que as pequenas intrigas, tricas e jogos.

 

Podia vir desta ignorância essencial a ideia de ensinar a Constituição na escola, uma lembrança que faz convergirem um bom amigo meu e o Presidente da República.

 

O flagelar do que é português tem séculos. Desde que me lembro, não páram as críticas ao tempo que em Portugal se demora a formar Governo. Só que até temos na Constituição um bom motor de rapidez de nomeação de governos.

 

Os prazos fixados são expeditos, haja quem ache dever acelerar. Como acham tantos jornalistas e comentadores - os mesmos que depois avançam modelos estrangeiros. Com desconhecimento do que afirmam (o mesmo desconhecimento que da constituição teria a veterana jornalista política). E com o azar que se vê no comparar com exemplos recentes.

 

A Espanha anda desde 20 de Dezembro para formar Governo. Ainda se pode dizer ser problema ibérico, dos povos do sul. Mas com a eficaz Alemanha andou-se ao mesmo.

 

 

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publicado às 10:31

O mundo dos apitadores

por Tempos Modernos, em 22.02.15

Nunca liguei, nem ligo, grande coisa a futebol e menos ainda às arbitragens. Se um clube limpava quase tudo durante 30 anos, nunca me pareceu que a hegemonia se devesse apenas às circunstâncias averiguadas no processo Apito Dourado.

 

No jogo inaugural do último mundial brasileiro, o primeiro golo, ilegal, foi para a Espanha. A Holanda respondeu-lhes com cinco golos. Não houve árbitro que valesse aos campeões do mundo em título.

 

A fazer fé no grosso de comentadores do futebol, jogou-se ontem a enésima jornada desta 1ª Liga em que o Benfica foi ajudado pelo árbitro. Não fossem estes e tenho impressão que a minha equipa se arriscava a disputar os lugares da despromoção. Lendo as crónicas e ouvindo as televisões, não me recordo da última vez em que não houve zarolhice ou premeditação dos juízes a favor do clube da Luz ou contra os seus adversários.

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publicado às 16:02

Nacionalismos e reivindicações ibéricas

por Tempos Modernos, em 27.08.13

 

(Fonte: nrpcacine.blogspot.pt)

 

Com tanto apetite espanhol por Gibraltar, não se percebe muito bem por onde andarão os amigos de Olivença.

 

Ainda por cima, Gibraltar foi dado pelos espanhóis aos ingleses enquanto a localidade agora espanhola ficou de ser devolvida há um ror de anos.

 

Ao menos sempre distraía.

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publicado às 20:34

Egoísmos termitantes

por Tempos Modernos, em 26.11.12

 

(Foto: ecoespacio.es)

 

Os liberais-soberanistas catalães encheram-se de contribuir para o orçamento do Reino e resolveram pedir eleições, a ver se referendavam a independência.

 

Tramaram-se e perderam 12 deputados. Terá havido muitos outros motivos, mas talvez alguns eleitores tenham percebido que o mercado consumidor castelhano e das restantes autonomias não é de deitar fora se a Catalunha quiser continuar como um dos motores económico na Península. A ver o que dá entretanto o novo equilíbrio de forças com a subida da Esquerda Republicana.

 

No Brasil, esperam-se manifestações exigindo a Dilma Rousseff que vete o aumento da percentagem dos lucros do petróleo a redistribuir pelos estados não produtores. Seja em que país for, é sempre um gosto, ver os egoísmos regionais e locais sobreporem-se aos interesses do colectivo.  

 

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publicado às 18:38

No taxation without representation

por Tempos Modernos, em 11.07.12

Em Espanha, o líder do PSOE, na oposição, recupera a proposta de um imposto sobre as grandes fortunas, a exemplo do que sucede em França,e à semelhança daquele que o seu partido eliminou, em 2008, quando estava no Governo. É uma alternativa ao aumento do IVA e do corte de subsídios impostos por Rajoy e pelo Partido Popular.

 

Justo, por vários motivos. Para já, é menos penalizador para a Economia: A espanhola e as domésticas. Depois, as grandes fortunas beneficiaram com o processo que conduziu a Europa à crise e sempre o incentivaram. Passarem incolumes pelas gotas da chuva apenas potencia sentimentos de impunidade. E quando falam tanto em moral e castigo será lícito que fiquem de fora dos passeios em sambenito?

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publicado às 11:51

Políticas para fracos e políticas para fortes

por Tempos Modernos, em 29.06.12

 

Uma das coisas que o fim do Antigo Regime trouxe foi a igualdade perante a lei.

 

Em teoria, desapareceram privilégios de classe, de casta. Os poderosos, os mais ricos, nobreza e clero, passaram a ser julgados pelos mesmos tribunais, pelas mesmas leis, a sofrer as mesmas penas.

 

De ontem para hoje, Espanha e Itália, grandes países em dificuldade, já conseguiram o desbloqueio do pacto de crescimento e um envolvimento maior das estruturas da união europeia no seu financiamento.

 

Ao contrário da Grécia, Irlanda e Portugal têm uma capacidade para evitar a destruição económica e empobrecimento que os mais pequenos não têm tido. Embora estes se mantenham excessivamente altos, Mário Monti e Rajoy garantiram para os países que governam juros fora dos níveis de usura a que outros estão sujeitos.

 

Haver tratamento diferenciado dos vários países que integram a União Europeia em função da sua capacidade de forçar a barra, de subir a parada, é justificado por muitos com a real politik.

 

Estão errados. A questão é moral e de cidadania europeia. Ser forte com os fracos e débil com os fortes tem um nome: Cobardia. Trate-se de pessoas, trate-se de países.

 

E políticas que mantenham o status quo são cobardes, imorais e anti-democráticas. Quem defenda o contrário tem a cabeça formatada pelo longínquo século XVIII.

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publicado às 11:54


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