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Um patriarcado demasiado terreno

por Tempos Modernos, em 14.11.16

Noutros tempos, aguardar-se-ia com interesse a publicação de uma obra do cardeal patriarca de Lisboa.

 

Com Manuel Clemente ainda saem de lá defesas da PàF ou dos colégios privados - uma boa fonte de rendimento da Igreja. 

 

Ao contrário dos antecessores imediatos, Manuel Clemente mete-se demais nas coisas de César.

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publicado às 09:53

Mudanças de paradigma (reescrito)

por Tempos Modernos, em 31.08.16

Perante o pedido de pagamento de IMI de prédios da igreja feito por algumas repartições de finanças, a presidente do CDS-PP ameaça.

 

Pelo menos é isso que parece decorrer do modo como Assunção Cristas põe a questão. Um estilo causa-efeito plasmado como vingança:

se cobrarem impostos à Igreja, o CDS-PP exigirá o fim da isenção do IMI de partidos e sindicatos.

 

É a responsável máxima de um partido civil a retaliar sobre os partidos e os sindicatos em nome da Igreja a que pertence.

 

O Partido do Paulinho das Feiras terá dado lugar ao Partido da Sãozinha das Freiras.

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publicado às 15:58

Senhorios querem taxar a democracia

por Tempos Modernos, em 29.08.16

É curioso que a Associação Lisbonense de Proprietários (ALP) peça agora o fim da isenção de IMI para os partidos e se coíba de pedir o mesmo para a Igreja Católica.

 

Depois de ter sido noticiado que algumas repartições de Finanças começaram a cobrar IMI à igreja, já o Expresso tratou de noticiar o património imobiliário dos partidos. Agora lembra-se a ALP de pedir o fim das isenções dos partidos.

 

Espera-se que algum jornal (o Expresso, por exemplo) contabilize a dimensão da propriedade predial da Igreja Católica. Muitos desses bens foram obtida por doação, em mais de quatro mil paróquias em todo o território nacional. Seria, pois, muito interessante que todos percebessemos a dimensão da propriedade imobiliária nas mãos da Igreja.

 

Já agora, perceber quanto pagaram de impostos pelas doações de bens dos particulares e perceber quanto IMI deixou de ser cobrado quando essas propriedades passaram das mãos dos privados não isentos para as mãos da isenta Igreja.

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publicado às 12:12

Colégios com muitos donos (reescrito)

por Tempos Modernos, em 11.05.16

Depois do 25 de Abril, dois cardeais  intervieram durante anos na vida pública e política portuguesa. Sempre sem tomarem continuado e notório partido por uma das partes. Mesmo que o seu natural os inclinasse a umas opções e não a outras. Com Manuel Clemente, alguma coisa se alterou em termos de equidistância. 

 

Um certo clima florentino coincidente no tempo com as vésperas da sua subida à púrpura cardinalícia já não prenunciava um magistério particularmente exaltante. Nas vésperas da escolha, o conservador Carlos Azevedo - principal opositor do hoje cardeal -  foi atingido por informações e rumores mantidos a circular inclusive por gente inesperada.

 

Ao engrossar a voz de uma tendência da Igreja - que já nem é muito recente (aqui e aqui) - o cardeal-patriarca de Lisboa apoiou os colégios com contrato de associação: Os pais dos alunos do privado "também financiam as escolas estatais", disse.

 

A igreja do Papa Francisco não parece ser a mesma de Manuel Clemente, um cardeal de discurso demasiado cesarista, agora confundível com o dos proprietários dos colégios privados.

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publicado às 16:29

Tem uma força invulgar o ataque dos colégios com contrato de associação. Não lhes faltam tenores nos jornais. São exactamente os mesmos que defenderam o fim de prestações sociais, de RSI, de pensões de reforma, dos subsídios de desemprego. 

 

No grupo há apoiantes e militantes do PSD, do CDS-PP  e muita gente da Igreja e das IPSS - uma roda que foi tropa de choque dos dois partidos no ataque ao poder em 2011 e nos anos de austeridade que se seguiram. E que ainda por cima é vendida como ideológica e partidariamente independente.

 

Aos publicistas do Viver acima das possibilidades não repugna o compadrio dos que vivem das rendas do estado e do dinheiro dos contribuintes.

 

Mas já vale dizer tudo quando se quer partir o pescoço dos que produzem riqueza, dos que pagam ou gostavam de pagar impostos e dos que querem poder viver do seu trabalho.

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publicado às 17:30

Ambiguidade representativa

por Tempos Modernos, em 22.04.16

O título da Renascença fala de “bagunça” nas provas de aferição.

Atribui a acusação aos pais e cita Rui Martins da Confederação Nacional de Pais e Educadores:

“É natural que os pais andem completamente desorientados, não se sabe o que vai ser feito em cada uma das escolas e, portanto, isto é um pouco uma bagunça – para chamar em gerigonça – que entendemos que se calhar não havia necessidade.”

A chave da notícia está no último parágrafo.

 

O pai ouvido pelo canal da Igreja Católica chama geringonça ao Governo. O termo faz parte da cassete dos partidos da PàF para atacar a solução governativa escorada nos partidos da esquerda parlamentar.

 

Fica-se sem perceber muito bem se Rui Martins fala como um pai politicamente ingénuo ou como provável apoiante do PSD e do CDS.

 

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publicado às 21:43

A ordem teutónica

por Tempos Modernos, em 01.12.13

 

(Fonte: Alexandre Nevski)

 

Há uns anos, ouvi um qualquer político sacar do PIB, dividi-lo pelo número de dias úteis do ano e chegar publicamente à conclusão de que era esse o valor que o país perdia em cada feriado.

 

Foi com esta espécie de aritmética atamancada que os que lá estão agora no Governo sacaram dois feriados ao povo português - os outros dois foi a igreja de Policarpos e Clementes que lhes ofereceu o pescoço, desprezando pelo caminho a homenagem aos mortos dos seus e dos outros.

 

Conta-se hoje o segundo feriado laico retirado. E bom seria que todas as oposições se comprometessem a repor.

 

É apenas uma coincidência que tivesse andado um secretário de Estado pela Grécia para de lá sair apodado como "o alemão", na semana anterior à não celebração do 1º de Dezembro.

 

Afinal, todos os dias, há cerca de dois anos e meio, que o Executivo de Pedro Passos Coelho e de Paulo "Protectorado" Portas se comporta como agente de interesses estrangeiros ou, quando se dá o caso de defender interesses nacionais, apenas daqueles cujo capital não tem pátria e que muitas vezes está a render nas holandas e em outros paraísos fiscais.

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publicado às 22:29

"Em tempo: diga-se tudo o que se quiser de Mário Soares. Merecendo ou não, está a jeito de qualquer crítica. Às ideias e ao que diz e ao que faz e fez. Mas quem o ataque pela idade, sugerindo senilidade e até inimputabilidade, não faz mais do que derrapar com os dois cascos no unto da sua própria vulgaridade."

 

Oscar Mascarenhas, "Crónica do provedor", in Diário de Notícias, 30 de Novembro de 2013

 

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publicado às 16:15

 

 

No modo elíptico que lhe é habitual, a Igreja Católica apelou aos professores para não fazerem greve aos exames e terem "todos os factores" em conta.

 

Até por isso vale a penar reparar hoje na página online da Rádio Renascença. Não é exclusivo, mas na zona nobre (ver foto) o tom é de crítica aos grevistas. São os alunos injustiçados, a estudante que questiona Mário Nogueira, o comentador que explica por que não faria greve.

 

Não teria de ser diferente. Em tempos de posições extremadas, repórteres diferentes têm forçosamente posições diferentes.

 

Mas neste caso da emissora católica há um dado a ter em conta. A Igreja Católica é dona de um imenso rol de colégios. Manuel Clemente, o novo patricarca de Lisboa, não o diz, mas a instituição a que pertence lucra objectivamente com o fim da escola pública, com o alargamento dos contratos de associação com colégios privados.

 

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publicado às 12:35

Bom, bom era que a Nossa Senhora de Fátima...

por Tempos Modernos, em 15.05.13

 

(Foto: catholic.org)

 

... o Espírito Santo ou lá quem é que trata destas coisas terrenas tivesse iluminado os eleitores nas presidenciais.

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publicado às 14:53


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