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Alienar o Estado

por Tempos Modernos, em 27.06.17

Conto de memória e sujeito a erros. Há uns anos no Instituto de Defesa Nacional, onde fazia um curso de Segurança e Defesa para Jornalistas, contava um dos formadores que em determinada altura se tinha entregue a alimentação das forças da NATO na ex-Jugoslávia a empresas civis de catering. Queria-se poupar e o concurso foi vencido por uma companhia italiana.

 

Todavia, talvez nem tudo tenha corrido tão bem como o lado financeiro. A tropa portuguesa, por exemplo, já tinha pouca paciência para tanta massa. E as marinhas mundiais já há muito que perceberam a importância da boa alimentação a bordo para manter o moral.

 

Mas nem é a questão dos apetites que interessa por aí além. Todos os problemas fossem esses. Em determinada altura, uma qualquer unidade militar de um qualquer país acabou uns dias largos cercada e sem abastecimento. Por causa dos riscos, os funcionários das empresas civis recusaram-se a ir alimentar os homens. Coisa que não aconteceria se em vez de companhias de catering, tivessem enviado companhias de administração militar.

 

Lembro-me sempre destas histórias quando vejo histórias como as do fecho ou alienação do Laboratório Militar, dos hospitais militares, da Manutenção Militar, das Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento e de vários estabelecimentos fabris militares, como os Estaleiros Navais do Alfeite.

 

Há algum laboratório farmacêutico interessado em desenvolver medicação para o paludismo quando os medicamentos para a queda de cabelo dão mais dinheiro? Tem-se preferido fechar, privatizar, em vez de procurar modelos de gestão, produção e de investigação mais modernos. Lembrei-me de tudo isto por causa dos custos e falhas do SIRESP, que talvez com contratação de meios civis e outra organização das coisas, pudesse ter sido desenvolvido pelos armas, classes e especialidades de transmissões e comunicações das Forças Armadas.

 

Não é que as coisas não falhem. A minha confiança é até relativamente baixa. Mas os Estados Unidos da América há muito que perceberam a importância para a economia do desenvolvimento de equipamentos. Nem tudo tem de ser aplicado em material de guerra e boa parte dos inventos tem aplicações civis.

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publicado às 10:10

Contextos avariados

por Tempos Modernos, em 06.01.17

Lê-se em rodapé de noticiário televisivo que

 

"Exército manda regressar a Portugal o militar alegadamente criticado pela ONU por ter dançado com uma guerrilheira das FARC".

 

Passando por alto o "alegadamente", vale a pena perguntar como é que o Exército dá ordens a um capitão-de-fragata.

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publicado às 11:37

O investimento estrangeiro possível

por Tempos Modernos, em 30.04.13

 

(Foto: espoliados.blogspot.com)

 

O forte lóbi apostado em transformar o porto lisboeta em local de vilegiatura (afastando as centenárias ocupações da marinha de comércio da margem norte do estuário do Tejo) terá de contar com um corropio de salvamentos aéreos.

 

No dia 18, o terminal de cruzeiros de Lisboa bateu recordes de ocupação. Mas, já à saída, perto de Cascais, junto ao cabo da Roca, o Balmoral, um dos sete navios desse dia, foi visitado por um helicóptero. Era preciso resgatar um passageiro britânico, de 79 anos, vítima de alegado ataque cardíaco.

 

Ontem, o Boudica, navio de cruzeiro que na semana passada andou por Lisboa,  também teve de recorrer à Força Aérea. Motivo, o mesmo, desta vez para retirar uma inglesa de 74 anos, com fortes dores abdominais.

 

É o sossego dos reformados do norte europeu, trocado por salvamentos radicais. E se a Força Aérea carregar nas tarifas, ainda se torna um meio extra de obtenção de receitas. 

 

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publicado às 10:38

Diz que ao senhor ministro não se pede nada

por Tempos Modernos, em 12.08.12

Podiam seguir a sugestão, mas até ao momento nem a terão equacionado.

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publicado às 12:13

É pedir ao senhor ministro

por Tempos Modernos, em 11.08.12

Pelos vistos, desapareceram documentos sobre o negócio dos submarinos.

 

Ainda bem que Paulo Portas fez segundas vias.

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publicado às 09:24


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