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Paulo Núncio mostrou uma grande elevação de carácter e o país deve muito ao doutor Paulo Núncio pelo trabalho de combate à fraude e à evasão fiscal", disse Assunção Cristas aos jornalistas.

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publicado às 17:11

No discurso de aceitação do prémio Camões, o escritor Raduan Nassar criticou o governo de Michel Temer e o Supremo Tribunal Federal brasileiro.

 

E, a seguir, Roberto Freire, ministro da Cultura de Temer, disse ao escritor que "quem dá prémio a um adversário político não é a ditadura" e acrescentou também que quem dá o prémio é o Governo brasileiro. O governante percebe mal o que caracteriza uma democracia e pelo caminho ainda provoca um conflito diplomático. Freire esqueceu-se de modo deselegante da contraparte portuguesa, que é tida e achada nesta questão. Atribuído pela primeira vez a Miguel Torga, em 1989, o prémio é subsidiado não apenas pelo governo brasileiro, mas também pelo português. Foi criado em conjunto pelos dois países. E é atribuído por causa da língua comum e não por qualquer poder político de turno. É o mais importante prémio literário da língua portuguesa, mas Freire vê-o como instrumental. O ministro da Cultura brasileiro sugere mesmo que se Nassar não gosta do Governo devia recusar o prémio.

 

Este tipo de pensamento não é original. Já há um par de anos, na entrega do Grande Prémio do Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, Jorge Barreto Xavier, secretário de Estado da Cultura do Governo de Passos Coelho e de Paulo Portas, disse à premiada, Alexandra Lucas Coelho, que ela devia estar grata por viver em democracia o que lhe permitia ter feito um discurso de aceitação do prémio onde batia no Governo e em Cavaco. Xavier terá acrescentado ainda que se a autora estava a receber os quinze mil euros do prémio isso também se devia ao Governo que o subsidiava.

 

Nos dois governantes, uma mesma crença. A de que a língua lhes pertence a eles. É também um querer castrar a voz do outro. Uma voz permitida se fizer parte de um ritual. E uma voz não tolerada se se quiser tornar acção.

 

 

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publicado às 13:53

Estratégia de desgate

por Tempos Modernos, em 10.02.17

Mário Centeno vem frustrando sucessivos avisos catastrofistas acerca da economia portuguesa feitos pelo PSD, CDS, Comissão Europeia, OCDE, FMI e eurogrupo.

 

Os partidos da oposição esperam fazê-lo cair com os contornos trapalhões da nomeação de António Domingues para a administração da Caixa Geral de Depósitos. Mas o Governo de Pedro Passos Coelho e de Paulo Portas deixou o banco público armadilhado. Apesar da surpresa deixada por aqueles dois governantes, o ministro das Finanças do Governo de António Costa conseguiu negociar uma solução aprovada por Bruxelas.

 

A estratégia da oposição é de desgaste - quer do titular das Finanças, quer do banco público - mas está-se mesmo a ver a vontade que António Costa, PS e as esquerdas parlamentares terão de deixar cair o ministro.

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publicado às 13:08

Algumas precisões por causa dos 25 dias de férias

por Tempos Modernos, em 27.01.17

Os 25 dias de férias para trabalhadores com um certo número de anos de serviço foram postos no Código de Trabalho por Bagão Félix, no tempo de Durão Barroso. Vendeu-se na ocasião ser um modo de compensar os trabalhadores por várias garantias tiradas pelo Governo, em nome de uma muito alegada competitividade laboral.

 

Numa política de pequenos passos, de tirar um pedaço de cada vez, depois de Bagão Félix trocar garantias laborais pelo rebuçado, já então nada equivalente, dos 25 dias de férias, passou-se à fase seguinte. Ou seja, no Governo de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, as férias foram reduzidas para os 22 dias anteriores. Mas as garantias retiradas aos trabalhadores pelo ministro do Governo PSD/CDS-PP, de Durão Barroso e de Paulo Portas, não foram repostas.

 

ainda não foi desta que regressaram os 25 dias dados da outra vez como rebuçado - um rebuçado, como se verifica, facilmente retirável e esquecível. Não se percebe por isso muito bem o sentido de discutir a reposição dos 25 dias tirados na concertação social em vez de repôr uma promessa feita há 15 anos e traída entretanto.

 

É que não se está a discutir um aumento de direitos. Está-se a discutir a reposição de algo que foi trocado por vários recuos laborais que os autores diziam ir trazer crescimento dos salários e do emprego.

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publicado às 19:03

Mota Soares ao estar no governo com os colegas de partido Assunção Cristas e Paulo Portas

 

Cortou o abono de família

Reduziu o subsídio de desemprego 

A indemnização por despedimento

Impôs dias de trabalho gratuitos tirados das férias e dos feriados

E mais cinco horas semanais gratuitas no Estado

Eliminou o descanso compensatório por trabalho suplementar

Aprovou os cortes nas pensões nominais

 

Mota Soares ao estar no governo com os colegas de partido Assunção Cristas e Paulo Portas

 

Não hesitou em cortar pensões

Aprovou orçamentos inconstitucionais pela sua crueldade contra os mais idosos.

 

Em quatro anos no governo com os colegas de partido Assunção Cristas e Paulo Portas

Mota Soares só aumentou

 

Pensões sociais e rurais

E as que tinham curtas carreiras contributivas (até 15 anos no regime geral, até 18 anos na CGA)

Deu-lhes entre 12,01 e 15,14 euros

Mas esqueceu-se dos que contribuíram mais de 15 anos no regime geral e que têm pensões abaixo dos 275 euros

 

Nesses quatro anos que Mota Soares passou no Governo com os colegas Assunção Cristas e Paulo Portas

 

Pagou aqueles poucos aumentos

Tirando aos mais pobres

Cortando no Complemento Solidário para Idosos

E noutras pensões

 

Mota Soares queria voltar a estar no governo com os colegas de partido Assunção Cristas e Paulo Portas

 

E até prometia tirar mais 2400 milhões de euros às pensões até 2019

 

Agora, Mota Soares colega governo e de partido de Assunção Cristas e Paulo Portas

 

Acordou para a vez dos doentes, os novos ciganos e malandros do RSI

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publicado às 18:53

Apagou-se-lhes a chama?

por Tempos Modernos, em 08.08.16

Curioso, que os alinhamentos noticiosos e as primeiras páginas dos jornais de hoje já não guardem referências directas* ao caso das viagens de governantes à vista de toda a gente e pagas pela Galp.

 

Ou os actores do PSD e do CDS-PP foram de férias ou o novo emprego petrolífero de Paulo Portas (e os incêndios florestais) lembrou-os de que correm o risco de sair chamuscados desta guerra. A ver se se contêm mais uns dias ou se não resistem, que a coisa tem potencial.

 

* A propósito do novo emprego de Portas, o jornal i fala de nova legislação do PS acerca de transparência

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publicado às 10:13

Mas irá ao México e em trabalho que Portas ganhou bastante expertise nos sectores da construção e dos combustíveis, nas bem recentes passagens pela Defesa e pelos Negócios Estrangeiros.

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publicado às 17:27

Equação sem soluções à vista (acrescentado)

por Tempos Modernos, em 07.08.16

Portugal escapou às sanções e será preciso ver se consegue evitar os cortes nos fundos estruturais cuja decisão foi diferida para Setembro.

 

Se a execução orçamental vai andando dentro das metas, há outras questões preocupantes em termos financeiros. A dívida e a estagnação económica são decisivas. E ainda vem aí a queda dos bancos italianos e alemães a dificultar (ou a impedir) a retoma.

 

O país está obrigado pela União Europeia a cumprir um determinado défice. De contrário, é castigado de acordo com os compromissos e regras acordadas. Vê-se pois forçado a gastar com a Administração Pública apenas uma percentagem muito baixa do PIB.

 

Para evitar as despesas o Estado evita fazer investimentos. Mas sem investimentos, o país não melhora a situação económica. E assim, não aumenta o Produto Interno Bruto, que permitiria, com a mesma despesa na administração, continuar a baixar o défice tal como previsto no Pacto de Estabilidade e Crescimento, Tratado Orçamental e nos compromissos europeus.

 

Uma pescadinha de rabo na boca e uma equação irresolúvel. Até porque a Dívida não pára de subir. Até porque se torna necessário pagar os juros que foram relativamente diferidos e se vão vencendo entretanto.

 

Governos sucessivos atiraram para o futuro os juros de empréstimos - boa parte dos quais contraídos por necessidades de desenvolvimento. Piores foram os contraídos junto da tróica, que serviram para pagar a especulação financeira e as apostas de risco da banca. Tal como está, a dívida portuguesa é impagável.

 

Ou se põe fim ao Tratado Orçamental ou se renegoceia a dívida. O ideal seria fazer as duas coisas. O que acabará por suceder, porventura a mal. Continuar a fazer de conta não resolve nada. Mas é ainda essa a perpectiva de muitos dos próximos do PS.Se bem que não de Pedro Nuno Santos ou João Galamba - o futuro socialista.

 

Da banda empresarial pede-se investimento, mas continuam a fazer-se as mesmas exigências de cortes no Estado e no Trabalho - sem perceberem como não bate a bota com a perdigota.

 

A solução de experiência económico-social que o país gozou durante os quatro anos de Passo Coelho e Paulo Portas conduziu ao atraso e a um retrocesso do desenvolvimento  e não resolveu nenhum problema real do país.

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publicado às 17:04

Muito levou o jornalista Rui Santos na cabeça por causa do penteado e dos caracóis caídos sobre a nuca. E, no entanto, ninguém faz um reparo ao directivo João Veira Pereira por causa do cabelo, da barba por fazer ou da escolha dos fatos. Também não se ouvem piadas acerca do cabelinho de Dijsselbloem.

 

Com tantos admiradores de Paulo Portas em tantas redacções, não lembra a ninguém fazerem com estas figuras o que o novo assalariado da Mota-Engil fez com as meias brancas de Cavaco?

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publicado às 11:01

Ainda sem perceber a Constituição

por Tempos Modernos, em 19.07.16

No PSD continuam com dificuldades de perceber o que aconteceu nas últimas legislativas.

 

Atira para o PS, BE e CDU a responsabilidade de aprovarem o Orçamento do Estado de 2017. O que faz sentido.

 

Só que depois o fraseado escapa-se-lhe para o ressentimento quando diz que os partidos que apoiam o Governo devem "construir as soluções que [...] que assegurem a durabilidade do Governo".

 

O chefe da bancada laranja, Luís Montenegro, não terá reparado que o Governo do seu partido e do CDS-PP, saído das legislativas de 2015, não aprovou programa e nem um mês conseguiu durar?  Mal por mal, os que lá estão já conseguiram aprovar programa e durar quase oito meses. Sempre mostraram mais "soluções de governabilidade, com estabilidade, consistência, que assegurem a durabilidade do Governo" que as apresentadas por Passos Coelho e Paulo Portas.

 

 

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publicado às 21:25


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