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Títulos como este fazem tocar a rebate muito sino partidário.

Não ganharia a Marcelo Rebelo de Sousa, mas em tendo condições pessoais Manuel Carvalho da Silva poderia pensar na velha ideia de concorrer a Belém. Seria um candidato capaz de fazer um pleno de apoios à primeira volta.

 

 

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publicado às 11:51

Amigos da onça

por Tempos Modernos, em 16.01.17

Vital Moreira - com mais uns quantos - não perde uma oportunidade para tentar mandar abaixo o Governo do partido que apoia.

 

Ao querer que António Costa estique uma das cordas essenciais afinadas com os partidos que lhe viabilizaram o Governo, Vital Moreira ignora olimpicamente vários sapos já engolidos por BE, PCP e PEV.

 

Além do compulsivo reflexo suicidário o que terão figuras como Vital Moreira, Vera Jardim, ou Francisco Assis para oferecer aos portugueses e aos companheiros de partido?

 

 

 

 

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publicado às 16:33

Da natureza dos lémingues

por Tempos Modernos, em 06.01.17

O subsídio que os contribuintes, através da descida da Taxa Social Única, vão dar às empresas para aumentarem o salário mínimo é um erro. Não apenas do ponto de vista filosófico mas também dao ponto de vista da solução de governo encontrada pelas esquerdas parlamentares em 2015.

 

Agora, Vera Jardim, figura do PS com uma certa gravitas, ex-ministro de António Guterres, sugeriu que o PS force a nota da Europa para marcar diferenças com o BE e o PCP.

 

Alguns dentro do PS evidenciam uma vertigem suicida.

 

 

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publicado às 20:12

Divergências no tempo e no modo

por Tempos Modernos, em 04.08.16

BE e PCP tomaram posição acerca das viagens de Rocha Andrade ao Euro 2016 pagas pela Galp.

 

O CDS-PP considerou ensurdecedor o silêncio dos partidos de esquerda que apoiam o Governo.

 

A crítica dos partidos da esquerda já saiu, mas não é suficiente para o grosso dos leitores que comentam a notícia no Expresso digital.

 

Os do CDS-PP precipitaram-se propositadamente. Já sabiam que BE e PCP iriam reagir como reagiram, mas enquanto o pau vai e vem sempre mantêm o Governo em lume brando

 

Quanto aos comentadores da edição online do jornal, a questão é de outra natureza. Há neles uma grande falta de capacidade hermenêutica e de análise.

 

Só analfabetos políticos esperam que um partido apoie uma determinada solução governativa e ao mesmo tempo estique em público, e de modo cego, a corda das críticas a um parceiro.

 

 

 

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publicado às 14:16

Subidas de temperatura política

por Tempos Modernos, em 25.07.16

A publicação digital patrocinada por rapaziada do Compromisso Portugal descobriu um António Costa particularmente pessimista em recente reunião com deputados socialistas.

 

Um pessimismo que os auscultados pela publicação viram como antecipação de eleições - uma cartada que Costa trará na manga.

 

Ao longo destes meses, o puxar do tapete quando a situação o recomende tem sido um truque várias vezes lembrado ao primeiro-ministro por críticos da solução Governo apoiado pelas esquerdas parlamentares.

 

Em simultâneo, dá-se voz a Jerónimo de Sousa quando diz não estar garantido o voto do PCP no Orçamento do Estado 2017. Ou vinca-se o melindre comunista por não ter sido chamado a discutir a composição do Tribunal Constitucional. Tudo linhas de cesura entre o Governo de António Costa e um dos partidos que o têm apoiado na Assembleia da República.

 

Além da falta de cumprimento do acordado com o PSD, a não eleição de Correia de Campos para o Conselho Económico Social também terá contado com a ausência dos votos dos camaradas de Jerónimo de Sousa. Uma questão acessória mostra ao PS que, no seu próprio interesse, talvez não se devesse ter desviado da convergência iniciada nas últimas legislativas.

 

Mas o OE 2017 já não é uma questão acessória. Na semana passada, Arménio Carlos e um sindicalista da UGT eram entrevistados por José Alberto Carvalho. O secretário-geral da CGTP era questionado acerca da anunciada não subida dos não nominal dos salários dos funcionários públicos. E exigia-a e dava alternativas de receitas - do fim de swaps, da reversão de parcerias público-privadas, do fim de avenças do Estado com escritórios de advogados e empresas de consultadoria informática.

 

E de repente, Arménio Carlos lembrou que nos acordos entre PEV, PCP, BE E PS, que vieram a permitir a actual solução governativa, nada havia referente ao aumento dos funcionários públicos. O que havia era o fim de um conjunto de cortes feito pelo Exectuivo de Passos Coelho e de Paulo Portas. Arménio Carlos vincava a linha de Jerónimo ao afirmar só votar o OE 2017 "se não reverter direitos dos trabalhadores".

 

A língua é de pau e às vezes exige uma certa hermenêutica, mas há previsibilidades nas entrelinhas que muitos ignoram.

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publicado às 15:23

Foi numa reunião fechado do Conselho Nacional do partido. Mas, de acordo "com uma ideia divulgada pelo PSD aos jornalistas", Pedro Passos Coelho chamou "patetas alegres" aos que acreditam no país descrito pelo Governo de António Costa apoiado pela esquerda parlamentar.

 

Foram, assim, fontes do próprio partido que premeditaram a saída dessa expressão concreta. O que é um patamar curioso da luta política. O presidente de um grande partido nacional, chamar nomes a pelo menos metade dos eleitores portugueses. O presidente laranja lá saberá o sentido que isso faz. Basta ler as caixas de comentários de jornais e de blogues para perceber como este tipo de discurso de raiva e afrontamento está disseminado entre os apoiantes da coligação de direita.  

 

Talvez seja politicamente duvidoso que se queira construir um país com base na alienação de metade dos portugueses. Como se imagina, ofender o outro gera sempre bastante empatia e vontade de colaborar.

 

 

 

 

 

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publicado às 10:20

As apresentações periódicas dos desempregados a receber subsídio foram criadas por Vieira da Silva, o tal ministro que jornalistas-comendadores dizem ser apreciado pela esquerda.

 

Para lhe minar qualquer credibilidade à esquerda, bastava a criação da obrigação que transforma os desempregados em arguidos com termo de identidade e residência, impedidos de sair de casa por uns dias sem autorização do IEFP, e a ter de dar conta das saídas para férias .

 

A coisa termina agora. Tantos anos para no PS darem conta da falta de critério de proporção e proporcionalidade da imposição que criaram e dos paralelismos com os termos para identidade e residência do processo penal.

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publicado às 16:59

Assunção Cristas queixava-se há dias das descidas do IVA da restauração, dinheiro que teria melhor efeito se aplicado em políticas de natalidade. A presidente do CDS-PP não vê virtudes em poder contratar mais empregados, baixar preços e por essa via atrair clientes, ter fundos para fazer investimentos, para mais compras no sector agro-alimentar, ou mesmo do ficar com mais dinheiro no fim do mês. É, aliás, o mesmo ponto de vista ideológico de Teodora Cardoso, um olhar pitosga, diria Jerónimo de Sousa.

 

Em nada disso que potencia a melhoria de vida de centenas de milhares de trabalhadores do sector e de estabelecimentos (muitos deles a funcionar como em tempos funcionou a agricultura de subsistência) vê Assunção Cristas alguma virtude. A presidente do CDS-PP está convencida de que as pessoas não têm filhos apenas por falta de tempo para tomar conta deles. O problema da falta de dinheiro no fim do mês não lhe surge como um obstáculo. É que ter dinheiro no bolso até os problemas da falta de tempo resolve. E, ainda por cima, permite fazer escolhas.

 

É, obviamente, uma questão ideológica que ao reforçar económico de um sector de actividade composto por milhares e milhares de micro, muito pequenas e pequenas empresas, a ex-ministra da Agricultura prefira a caridosa satisfação de clientelas através do despejo de verbas em creches pertencentes a IPSS e à Igreja Católica. Afinal, no CDS-PP já mostraram várias vezes gostar bastante dos contratos de associação, que lhes servem para quase tudo.

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publicado às 15:53

Títulos enganadores da imprensa portuguesa

por Tempos Modernos, em 17.05.16

No Diário de Notícias fala-se das Parcerias Público Privadas hospitalares que "[t]odos elogiam e querem manter". O tonitruante "Todos" parece mais um desejo pessoal de quem fez o título do que acerto jornalístico - coisa que não é de certeza. Não é acerto e para ser jornalismo ainda há que haver um bocadinho mais de esforço.

 

Vai-se a ler e, logo à primeira linha, se percebe que o Bloco de esquerda está contra. Cita-se uma entrevista de Catarina Martins onde a dirigente bloquista defende o fim das PPP da Saúde. Começa o ruidoso "Todos" a ficar amputado de partes. No DIário de Notícias ouviram-se ainda antigos responsáveis e criadores da coisa que a elogiaram, pois pudera.

 

O ministro da tutela, que não se quis pronunciar, parece posto no saco dos apoiantes das PPP da Saúde, com argumentos que pecam por ingenuidade ou dificuldades hermenêuticas da jornalista. De declarações antigas do ministro tiram-se conclusões. Tramado é que estas são suficientemente ambíguas e abertas para reflectirem uma posição oposta com a vontade de não mergulhar o Governo em polémicas desnecessárias. A jornalista não chega lá. Usa as proposições como fechadas, quando as devia usar abertas a várias possibilidades, tal como foram expressadas pelo governante.

 

O trabalho pouco cuidadoso prossegue. Correia de Campos é citado. Diz que as "PPP na saúde nunca foram objeto de litígio nem de crítica quanto ao seu valor e à sua execução porque elas foram geridas sempre com enorme rigor". A jornalista esquece-se de fazer o contraditório das palavras de Correia de Campos. Era o que faltava que o ex-ministro de Guterres e de Sócrates e um dos pais da coisa fizesse a crítica da própria acção. E o contraditório nem era difícil. Bastava uma pesquisa no Google, para achar uma entre muitas críticas.

 

Na sua contabilidade do "Todos", a jornalista ouviu também um representante do Sindicato dos Médicos Independentes. O clínico disse que os médicos não se assumem nem contra nem a favor do modelo. Afirmou que "trabalham independentemente do titular do meio de produção, o fundamental é a garantia da qualidade das condições de trabalho e consolidação da carreira médica". Difícil ver nisto um elogio ou a vontade de manter as PPP.

 

Por fim - mas podia ter ficado no segundo parágrafo deste postado - se no artigo se alargasse o escopo dos que foram ouvidos, também se acharia oposições do PCP e do PEV às PPP na Saúde. Mas, depois, o artigo não era a mesma coisa, pois não? Já eram três a pedir-lhes o fim de modo explícito. Ainda o "Todos" do título ficava menos justificado do que aquilo que já não está.

 

 

 

 

 

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publicado às 15:56

banifTN.jpg

 

Alguns líricos da profissão dizem que a existência de muita informação, inclusive nas redes sociais, em nada substitui o jornalismo. O jornalismo garante o rigor que toda essa informação disponível não garante.

 

Numa estação de televisão, na sequência da comunicação de Costa sobre o Banif, fazia-se o resumo dos tweetts do dia. Num deles, um tal Mamede, não apanhei a identificação completa, admirava-se com Jerónimo de Sousa que ouvira a elogiar, ou pelo menos a aprovar, a solução do Governo PS para o banco. O tuítador reforçava a ideia ao dizer que já não o espantaria ver a Festa do «Avante!» patrocinada pelo Pingo Doce.

 

Desconfiei. Só ouvira Jorge Pires, da comissão política do PCP, falar sobre o assunto, em tom e substância bem longe da leitura feita no referido tweett. Também não dera com declarações do secretário-geral comunista sobre a solução de Costa e de Centeno - o que aliás se confirma visitando o sítio do partido.

 

Dois dias depois, a 23 de Dezembro, o PCP rejeitaria a solução do Governo ao votar contra o Orçamento Rectificativo de 2015. Ou seja, uma graçola falsa numa rede social aproveitada pelo jornalistas sem espírito crítico ou preocupação de rigor, verificação de consistência e de veracidade. 

 

O resultado foi uma informação falsa dada aos espectadores pelos jornalistas. Será de admirar que cada vez menos gente leia jornais?

 

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publicado às 19:19


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