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Pedir aos jovens portugueses que sejam capazes de se sacrificar pelo seu país com o mesmo espírito com os jovens de há 50 anos participaram na Guerra em África (a que chamou Guerra do Ultramar) vinca o calibre de Cavaco Silva.
Sou demasiado educado para dizer o que acho do discurso com que Cavaco homenageou os combatentes por ocasião do 50º aniversário do início da guerra.
É díficil manter a ideia de que Cavaco é inábil com as palavras. A língua foge-lhe sempre para a mesma banda. Não é defeito, é feitio.
Se diz não homenagear um regime ou uma guerra esquece-se que a esmagadora maioria dos jovens militares foi obrigada a partir. Que as mulheres e mães não tiveram outra hipótese que não o sacrifício.
A escolha dos termos da intervanção presidencial não é neutra, como Cavaco pretende aparentar.
Digo-o com a liberdade que me dá o facto de ser filho de um oficial do exército, que participou durante 10 anos no esforço de guerra em Angola; combateu nos incidentes das Portas do Cerco, em Macau; e foi feito prisioneiro na sequência da Invasão de Goa, pela União Indiana.
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