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É escassa novidade que sacrificamos ao mercado.
Fazemo-lo desde que Guterres anunciou o pântano e Durão Barroso nos despiu com a tanga.
Vive-se um ambiente de expiação. Os novos dominicanos gritam que folgámos e bebemos. Dos actos de contrição não nos safamos. Da penitência tambem não.
Foi assim quando o terramoto de Lisboa de 1755 destruiu a capital e o sul do país. A culpa era nossa. Pombal calou os da ladainha e fez o que tinha a fazer.
Não há ameaça de catástrofe que agora não nos vendam com as agências de rating, as que falharam e que forçaram todos - menos os bancos - a pagar a crise: Ai, que se falas; ai, que se censuras; ai, que se te manifestas; ai, se fazes cair o Governo; ai, que se vais ao festival da eurovisão...
Mas os abutres e vampiros vão encontrando nova carne.
O Japão cheira a carniça e a Banca já nem se dá ao trabalho de voltejar em redor. Aterrou para devorar os mortos por enterrar e os vivos por cuidar.
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