Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
É oficial. A igreja católica portuguesa apenas está preocupada com a eternidade dos fiéis. Cá em baixo, bem pode ser o inferno que a Conferência Episcopal se está marimbando.
De acordo, com Manuel Morujão, a hierarquia católica aceita perder dois feriados religiosos, se o Estado retirar outros dois civis. "É a condição", afirma, como se o fosse legítimo o ultimato num Estado laico.
No fundo, cesaropapista, a igreja acha-se com autoridade a impôr os seus pontos de vista a todos os portugueses. Com o previlégio de condenar ao Inferno na terra até aqueles que já há muito dela se desligaram ou a cuja comunidade nunca pertenceram.
O ultimato católico não é um braço de ferro e é bastante duvidoso que a igreja não o perceba. Quem, como instituição, conta com dois mil anos de História tem obrigação de saber que o Governo conta com esta sua posição.
O Executivo, seus ideólogos e publicistas, andam há muito desejosos de cortar todas as hipóteses de descanso e depois podem até dizer que negociaram a coisa.
Mas, sinceramente, as práticas de regateio costumam ser para baixar os preços a pagar. Nunca as tinha visto para os subir.
(*) Nota : Como se eles fossem mesmo decisivos nas quebras de produtividade nacionais - e digo-o com a autoridade de quem entre 2004 e meados desde ano, teve de trabalhar na quase totalidade dos feriados existentes e sempre sem acrescentos salariais. Nunca, vi nenhum dos ditos estudos das associações empresariais, nem sequer o balanço resultante do acréscimo de produto gerado pelas actividades de lazer.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.