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Durante toda a Idade Média e a Época Moderna, os príncipes eram detentores de uma legitimidade divina para governar os povos.
Não era cá essa coisa pífia da legitimidade do voto pessoal. Era uma legitimidade concedida pelo Omnipotente, pelo Omnipresente e, mais importante, pelo Omnisciente.
No entanto, toda a tratadística e a ciência política da época enquandrava o direito dos povos a remover o príncipe caso este não fizesse um bom governo.
No fundo, foi o que sucedeu na Itália e na Grécia. Não se recorreu à legitimidade dos votos para trocar o mau governante, mas a uma acção externa à legitimidade eleitoral.
Não foram foi os povos a decidir, mas uma nova forma de omnisciência - omnipotente e omnispresente.
De certo modo, a coisa funciona agora de modo circular. E sabe-se como os círculos são perfeitos.
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