por Tempos Modernos, em 16.02.12
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À beira de cumprir o primeiro aniversário desta segunda série do Tempos Modernos, tenho na maior parte dos dias escassa vontade de postar.
Nada de novo parece existir, nada que não tenha já sido dito. O Governo todos os dias mostra o que valem as suas políticas , a maioria que o suporta nem tenta mostrar um bocado de respeito pelas condições de vida das pessoas . As alternativas não conseguem mostrar-se como tal e quem as defende nem sequer parece fazer grande esforço. Cavaco, como já se sabia , foi impedido por um grupo de estudantes adolescentes de visitar a António Arroio.
Na comunicação social, ouve-se camaradas meus, jornalistas e chefias, defenderem a censura na Antena 1. Por outro lado, é preciso recorrer aos brasileiros para arranjar uma ligação expedita para a notícia de que o presidente grego - um velho resistente da Segunda Guerra Mundial - faz o que um presidente a sério tem de fazer:
«Atenas, 15 fev (EFE).- O presidente grego, Karolos Papoulias, advertiu nesta quarta-feira que não aceitará "insultos" da Alemanha, em referência às dúvidas expressadas pelo ministro de Finanças alemão, Wolfgang Schäuble. Papoulias se referiu às questões levantadas por Schäuble sobre o cumprimento por parte da Grécia, com o consenso dos partidos gregos, de seus compromissos com a "troika", formada pelo Banco Central Europeu (BCE), a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI). "Não posso aceitar que o senhor Schäuble insulte meu país. Quem o senhor Schäuble pensa que é para ridicularizar a Grécia?", reclamou o chefe de Estado grego durante uma visita ao Ministério da Defesa. O ministro alemão ressaltou em declarações à emissora alemã "SWR" que o principal problema agora são as dúvidas sobre se o Governo que vencer as eleições na Grécia em abril cumprirá os compromissos assumidos pelo Executivo atual para receber mais ajuda financeira internacional para evitar a quebra do país. "Sempre estivemos orgulhosos de defender, não só nossa liberdade, não só a liberdade de nosso país, mas também a liberdade da Europa", ressaltou Papoulias, em referência à resistência helena contra as potências do eixo. As declarações de hoje de Schäuble, que criticou especialmente a Nova Democracia, partido que aparece como favorito nas pesquisas para ganhar o pleito de abril, foram qualificadas pela imprensa grega de ingerência na soberania do país. O presidente Papoulias decidiu hoje renunciar a seu salário, de 300 mil euro anuais, algo que o Governo aplaudiu como um gesto simbólico no contexto dos esforços que estão sendo exigidos ao povo grego, informou o jornal "Kathimerini".»