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A discussão em torno do fim de feriados está aí para durar. E sem entrar na discussão da desejável laicidade do Estado, a extinção ou suspensão de feriados tem um impacto - nas pessoas e na Economia - que está muito longe de estar consistentemente estudado. No entanto, o assunto, como tudo que se relaciona com o Trabalho, tem sido tratado pelo Governo mais como uma questão de fé do que como de factos comprovados.
Talvez por isso, ainda antes de lhe perguntarem fosse o que fosse, a Conferência Episcopal se tenha lembrado de propôr largar alguns dias de mão. Só que o Vaticano não gostou das opções da Igreja Portuguesa e já avisou que prefere abdicar do Dia de Todos os Santos. Para a Santa Sé, os cismáticos dias marianos é que são indispensáveis.
A igreja costuma ser mais cautelosa. Tirar às pessoas o dia em que celebram os seus mortos é nada perceber da forma como os crentes, e não só, homenageiam os entes queridos desaparecidos. Se perguntarem na rua, verão a resposta das populações. Mesmo confundido com o dia dos Fiéis Defuntos, o 1 de Novembro, é das poucas datas de evocação religiosa amplamente celebrada.
Sabe-se o pé de vento que se levanta em certas comunidades quando entram em rota de colisão com os párocos. Não será a distante igreja romana que impedirá os levantamentos.
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