Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
A ligeireza populista com que nas feiras Paulo Portas se faz apanhar pelas câmaras de televisão pode terimpacto internacional.
Desaparecido ao longo de meses nas bolamas dos Negócios Estrangeiros, o ministro reapareceu para se mostrar a fazer figura.
Evidenciou a imagem de estadista de pulso que gosta de fazer passar. Sempre faz esquecer o seu papel essencial como produtor de frases de efeito.
A vaidade de Portas é preocupante quando os assuntos são delicados. A realidade comprova a análise, Demasiadas vezes e com demasiada força.
Na Guiné Bissau, o anúncio tonitruante da activação de uma Força de Intervenção Rápida Portuguesa não terá ajudado à eficácia de uma evacuação de portugueses.
Mas conseguiu lançar uma vaga de pânico entre os guineenses. Assustados com um desembarque português, parte da população deslocou-se da capital.
Portas deve ter relembrado os tempos d'O Independente.
Mais uma vez um sound bite seu conseguiu causar estragos. Só que a existência de deslocados é um dos mais preocupantes e mortíferos fenómenos das guerras e conflitos africanos.
Entretanto, no terreno, e como de costume, a situação parece ter-se resolvido por si. Tal como das outras vezes em que não se ouviu falar dos militares portugueses.
Em Bissau, nunca se sabe muito nem quem manda, nem quem age, nem com que motivações. Quanto mais nas Necessidades.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.