Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



 

 

 

É o monstro de Loch Ness possível.

Autoria e outros dados (tags, etc)

Tags:

publicado às 20:08

O bom-senso é sobrevalorizado

por Tempos Modernos, em 14.07.11

Nunca conheci ninguém que o não tivesse.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 17:30

 

Para evitar que se vendam livros com estatuto que não têm, também ajudava que houvesse uma lista de acesso fácil com os livros que estão integrados no Plano Nacional de Leitura.

 

Tipo na homepage do PNL e à distância óbvia de um clique. Confesso que me fartei e desisti de procurar a lista. E já não foi a primeira vez.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 16:38

Um imposto merovíngio

por Tempos Modernos, em 14.07.11
Um imposto merovíngio

 

A situação é clássica. Vem aliás em todos os livros de História.

 

Se se olhar do ponto de vista do futuro, as declarações de Carvalho da Silva à saída de reunião com o primeiro-ministro das Finanças não deixam sequer margem para dúvidas.

 

“Perguntámos ao primeiro-ministro se o Governo teria disponibilidade para actuar ao nível do sistema financeiro, por exemplo, taxando as operações na banca, mas o primeiro-ministro disse que não, o que indicia que a riqueza produzida em especulação financeira é mais protegida que a proveniente do trabalho”

 

Na vida dos povos, aos períodos de apogeu assentes num Estado forte, centralizado, imune às pressões dos interesses, contrapõem-se tempos de caos, servidos por reis indolentes, manietados por poderosos. Eras de conflitos entre um Estado forte, que defende o conjunto da Nação e nobres exigindo cada vez mais poder para si.

 

Em Portugal, D. Afonso V serviu os interesses da nobreza e dos estados de alma; matou o tio de visão europeia, em Alfarrobeira; tentou impor uma rainha ao vizinho espanhol, abrindo caminho às exigências dos reis católicos; meteu-se em aventuras africanas; foi a França, fez que abdicava, para regressar depois ao trono que trocaria pelo apático retiro monástico de Torres Vedras.

 

D. João II, o filho perfeito, pôs ordem na casa. Chamou a si os negócios do Reino. Afastou nobres, matou primos, zangou-se com a mulher. Deixou um País suficientemente maduro para que os frutos dos Descobrimentos fossem colhidos pelo venturoso Rei D. Manuel.

 

A história que se segue é conhecida. E os proventos das Descobertas sumiram-se como areia num país sucessivamente manietado pelos conselheiros de D. João III e de D. Sebastião.

 

Talvez não seja por acaso, que historiadores e posteridade olham para o príncipe perfeito com melhores olhos que para os outros reis. Da Antiguidade ao Longo Século XIX, chegam exemplos sucessivos de minorias poderosas, privilegiadas com isenções, cargos e tenças. Na Idade Média, as três ordens estavam bem dividas. Apenas uma pagava impostos que se vissem. Não por acaso era a do Povo forçado a trabalhar, sustentando nobreza e clero.

 

Mais tarde, na Rússia dos czares, todos os camponeses eram obrigados a ter um senhor. Um amo que os vendia quando vendia as terras onde moravam e trabalhavam. Nos Estados Unidos e nos Brasis esclavagistas receou-se e combateu-se o impacto económico do fim da escravatura. Uma luta feita nos jornais e nos parlamentos – com argumentos lógicos, sensatos, patrióticos.

 

Achava-se que já não se voltaria a esses tempos. Em que privilegiados punham e dispunham dos negócios do Reino, legislando em favor de minorias, negociando vantagens próprias.

 

O primeiro-ministro (ou o das Finanças por ele – duvido que Passos Coelho se queira queimar) anuncia hoje o modo como saqueará o subsídio de Natal (não encontro termo ideologicamente mais neutro nem objectivo) enquanto mostra indisponibilidade para taxar a sério os lucros da banca, aplicações financeiras e mais-valias bolsistas.

 

Haverá quem genuinamente acredite estar na presença de um eleito-cidadão tratando do interesse comum dos habitantes do Reino? Do ponto de vista do futuro histórico, os monarcas de que nos tem calhado em sorte ser contemporâneos acabarão incluídos em que categoria real?

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 10:55


Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.



Arquivo

  1. 2018
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2017
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2016
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2015
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2014
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2013
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2012
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2011
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D