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A detenção de Isaltino Morais deixa Oeiras sem presidente.
Num dos concelhos portugueses onde há mais munícipes daquilo a que se chama classe média alta e exactamente o concelho onde as habilitações literárias são mais altas.
Um concelho de elite que nas últimas autárquicas apostou em ficar sem presidente a meio do mandato.
Sobre o conteúdo nem vale a pena falar, tal é o carácter nazi da ideia.
Já sobre o título do artigo tenho opinião. App é abreviatura da palavra inglesa para aplicação.
O seu uso nestas circunstâncias é escassamente informativo (só quem sabe do que se trata percebe o título) e cheira a preguiça (falta de vontade para desenvolver uma abreviatura própria).
E embora não seja essa a intenção, um jornalista também não tem de usar nos seus textos aquilo que é o nome de um produto comercial. Tem obrigação de explicar aos leitores de que se trata isso a que se chama App. Não é preciso falar no Excel se se souber o que é uma folha de cálculo, nem falar do word se se souber o que é um processador de texto.
Que o termo gay tenha entrado no vocabulário nacional já diz muito do provincianismo nacional, que vê no falar as línguas dos outros uma marca de superioridade. Mas a força de uma cultura também se confirma na capacidade para criar os seus equivalentes técnicos.
Já me basta que aqui ao lado, neste blogue, numa plataforma portuguesa, exista uma lista de tags. Ninguém se lembrou de lhes chamar etiquetas?
Alguém pensa que no Portugal dos Descobrimentos não havia termos portugueses para as várias partes do navio, tecnologia de ponta e ainda por cima nacional?
Há dias, num parque de estacionamente, perguntei a uma senhora que acabara de estacionar em cima de um lugar reservado para pessoas com deficiência se queria ajuda com a cadeira de rodas.
Fez um ar espantado. Que nem tinha reparado no grande sinal amarelo marcando o lugar.
Se calhar devia-me ter oferecido para a ajudar a tirar o cão-guia da viatura.
Passeia-se um bocadinho na blogosfera e percebe-se que boa parte dos defensores do fim da Cinemateca (um grupo esfusiante que nem descobriu entretanto que a coisa vai é mudar de estatuto) está convencida de que aquilo é uma sala estatal de Cinema onde meia dúzia de pessoas vai ver uns filmes. Por acaso, a sala até está em regra bastante mais cheia que a de muitas sessões comerciais, não existindo outras maneiras de ver uma obra de arte em formato de filme. Mas o ponto nem sequer é esse.
Esse grupo ruidoso ignora que a Cinemateca é também um museu do cinema; que todo o mundo e cidades civilizadas mantêm instituições do género; que guarda, protege, conserva e recupera o património filmado de uma arte que acompanhou todo o século XX e que lhe construiu o rosto (não por acaso, uma das escassas áreas económicas que resistiu à ruína durante a grande depressão da década de 1930).
É também um sítio de aprendizagem onde se organizam ciclos de História do Cinema, por exemplo, com especialistas e académicos convidados, portugueses e estrangeiros. De forma grosseira, destruir instituições deste género é tão grave como deixar de conservar os Painéis de São Vicente de Fora ou fechar o Museu Nacional de Arte Antiga.
No que toca a conhecimentos sobre a Cinemateca, o nível da discussão explica muita coisa. Não se trata de diversidade de posicionamento ideológicos, de opiniões divergentes sobre o estatuto deste tipo de instituição ou do papel da cultura. Não se trata de reduzir uma ideia ao esqueleto, uma espécie de caricatura a que se tirou a gordura para facilitar a discussão, mas sem lhe tirar o essencial.
Trata-se da insistência em falar de cor, apenas com um infinitésimo do problema na mão. Quem discute não sabe para si, mas arroga-se o direito de encher o mundo de opiniões pífias, gasosas. E nem sequer sabem de onde lhes veio o direito aos seus 15 minutos de fama.
Cavaco anda confuso, coitado.
Primeiro, vai aos Açores defender a Vaca que (sor)Ri, conhecido produto láceto de origem francesa, a seguir põe-se a defender os produtos portugueses?
Depois de um primeiro mandato em que fez o elogio do erotismo Vacuum talvez o inquilino de Belém devesse acautelar-se e pensar em juntar o comentário agrícola às actividades de mastigação do bolo-rei. A malta divertia-se menos mas, comédia por comédia, é preferível os Malucos do Riso. Sempre é mais digno.
Queres é alargar o conceito para lá caber também o incumprimento de objectivos e o mais de que os patrões se lembrarem: Da cor dos olhos à marca do automóvel (esta só para quem o tiver).
"Ontem eu reparava no sorriso das vacas, estavam satisfeitíssimas olhando para o pasto que começava a ficar verdejante", declarações durante a visita oficial aos Açores.
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