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No debate quinzenal, Seguro diz a Passos Coelho que este deveria ter trazido os dados do desemprego como tema a discutir.
O primeiro-ministro replica ser tentador "seguir a agenda mediática".
Por acaso, os dados ontem revelados pela comunicação social revelam cerca de 800 mil portugueses desempregados.
À beira de cumprir o primeiro aniversário desta segunda série do Tempos Modernos, tenho na maior parte dos dias escassa vontade de postar.
Nada de novo parece existir, nada que não tenha já sido dito. O Governo todos os dias mostra o que valem as suas políticas, a maioria que o suporta nem tenta mostrar um bocado de respeito pelas condições de vida das pessoas. As alternativas não conseguem mostrar-se como tal e quem as defende nem sequer parece fazer grande esforço. Cavaco, como já se sabia, foi impedido por um grupo de estudantes adolescentes de visitar a António Arroio.
Na comunicação social, ouve-se camaradas meus, jornalistas e chefias, defenderem a censura na Antena 1. Por outro lado, é preciso recorrer aos brasileiros para arranjar uma ligação expedita para a notícia de que o presidente grego - um velho resistente da Segunda Guerra Mundial - faz o que um presidente a sério tem de fazer:
Há dias, alguém (um jornalista) comentava, em tom elogioso, a aliança entre Margaret Tatcher e Rupert Murdoch para pôr fim ao "domínio" da organização e produção dos jornais pelos sindicatos do sector.
Foi o mesmo Murdoch que se viu recentemente forçado a fechar o centenário News of the World, devido a um escândalo com escutas.
Ontem, o magnata australiano voltou a ter a polícia à porta. Deteve cinco jornalistas do The Sun por subornar agentes das forças de segurança. O tablóide assegurará a representação legal dos seus funcionários.
Em Portugal, os jornalistas não ganham o suficiente para ter dinheiro para subornar fontes e ainda pagar as contas. Pelos vistos, em Inglaterra, ganham. Pelo menos no grupo de Murdoch.
E ainda há ingratos que não reconhecem o papel da Dama de Ferro nos actuais nível e qualidade de vida dos trabalhadores.
Caso nunca se tenha reparado, por estas bandas não se segue o novo acordo ortográfico.
Não é por isso que se percebe a atitude de Vasco Graça Moura. Alto quadro de nomeação política, o escritor consegue escapar às orientações da tutela.
É a velha história de uns porcos serem mais iguais que outros.
Depois da entrada em processo de desobediência civil quanto ao uso do acordo ortográfico no CCB, Vasco Graça Moura anuncia um conselho directivo a que pertencem Luís Campos e Cunha e Estela Barbot.
São mais conhecidos pelos seus pontos de vista sobre Economia e pró-FMI, mas os méritos dos escolhidos serão amplos.
Assim de repente, Campos e Cunha foi há dias convidado a escolher um filme para ver e apresentar num ciclo da Cinemateca dedicado à Economia (já agora, optou por O Mundo a Seus Pés). Pelo apelido, Estela Barbot será prima do escritor Mário Cláudio.
Mas se se lhes espiolhar as folhas corridas, haverá, de certeza, outras cenas a justificar as escolhas.
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