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Laurent Fabius, novo ministro dos Negócios Estrangeiros francês, fez campanha pelo Não ao Tratado Constitucional, uma daquelas cenas que alguns paÃses tiveram de referendar várias vezes até aprovar e que as teresas de sousa propagandearam.
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Pode um continente, berço da Democracia, ser governado, quase de uma ponta à outra, por imbecis polÃticos, nem todos eleitos, promotores de chantagens autocráticas e sem respeito pelos cidadãos?
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Em socorro da tese, pode convocar-se um antigo dirigente do CDS, partido da actual coligação governamental portuguesa.
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... capazes de gerar riqueza com o mar, mas no Governo parece falar-se mais do que se planeia e projecta.
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Talvez seja para dar graxa aos militares - que poderão ter as suas virtudes, mas a de criar riqueza não é uma delas - e baixar a tensão provocada por um ministro na pasta errada.
A administração do Banif prepara-se para fechar vários balcões da rede bancária.
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Os despedimentos do Grupo fundado por Horácio Roque afectam também a seguradora Açoreana e embora os jornais refiram um máximo de 160 trabalhadores, serão pelo menos 400 os quadros, muitos deles médios, a quem foi comunicada a dispensa dos serviços, de acordo com informação apurada pelo Tempos Modernos.
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Ainda de acordo com outra fonte, o grupo que ainda há pouco mais de dois anos adquiriu a seguradora Global e a sua carteira de clientes,  tem estado, em simultâneo, a fazer contratações, com salários mais baixos, e a propôr a entrada a funcionários agora dispensados em companhias para outsorcing.
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Hoje estou em dia de espantos.
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Passará pela cabeça de algum responsável pela polÃtica de lÃngua de um paÃs que uma das maiores bibliotecas do mundo, em Xangai, não tenha livros dos autores essenciais, na lÃngua desse paÃs?
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Nota 1: No pacote do Camões, deve ser enquanto Carlos Reis não conclui a sua demorada tarefa de editar Eça de Queirós criticamente na Casa da Moeda, vão umas traduções em inglês do autor. Pode ser que o Instituto Shakespeare dê uma ajudinha nos custos de envio.
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Nota 2: Ia mais bem servido o Camões se tentasse evitar o fim de milhares de livros nas guilhotinas das editoras, aproveitando-os para entregas a bibliotecas estrangeiras e escolares seleccionadas.
Não passará pela cabeça de ninguém conceptualmente actualizado usar a História ou a Sociologia como ferramentas de adivinhação do futuro.
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Que motivo haverá para recorrer à Economia, outra Ciência Social e Humana, como se de um Zandinga infalÃvel se tratasse?
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As métricas desenvolvidas pelos economistas lançam luz sobre o que se passou, depois de as coisas se terem passado. Tal e qual como fazem a História ou a Sociologia. Pouco permitem dizer sobre o que ai vem.
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Não basta, à s vezes, um primeiro-ministro, um polÃtico já à altura desastrado, dizer que os portugueses andam a comprar gato por lebre para mudar o futuro?
Tive um chefe que defendia que que determinado paÃs era uma ditadura por ter um Banco Central dependente do Executivo.
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O mais triste é que, por mais que se lhe explique, não consegue compreender a rematada estupidez de uma afirmação desse teor nem o completo descalabro conceptual e civilizacional que dela decorre.
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Infelizmente, está longe de ser caso isolado entre as elites formatadas e formatadoras de opinião.
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Embora na Grécia os partidos anti-tróica não tenham obtido deputados suficientes para assegurar uma maioria governamental, Alexis Tsipras marca pontos.
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Para já mostra-se disponÃvel para procurar entedimentos que permitam uma governação diferente, o que poderá ter consequências nas prevÃsiveis próximas eleições. Boa parte dos eleitores defende a estabilidade governativa e receia os vazios de poder.
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Ao mesmo tempo, acaba de pedir para se encontrar com Hollande, o recém-eleito presidente francês, fazendo aquilo que, sob o ponto de vista da lógica do combate polÃtico, as esquerdas europeias já deviam ter feito há muito tempo. Reunir-se.
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Até aqui, estas têm-se limitado a gerir internamente as crises, entre queixumes e reclamações que não as legitimam nem convocam para as mudanças que dizem desejar.
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