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Em cima do joelho ou em fase de acertos?

por Tempos Modernos, em 22.11.12

A migração do Público para o novo sistema online, tramou um pouco por todo o mundo todas as páginas de blogue que remetiam para notícias do jornal.

 

Espera-se que corrijam. O potencial de replicação das leituras de jornais assenta muito nesse mecanismo. Sabotar o trabalho, nalguns casos de muitos anos, dos bloggers é uma muito má opção. 

 

A falta de experiência e memória pagam-se caras. E ninguém terá pensado em certos pormenores das migrações.

 

O apagão recente dos históricos governamentais na página do Governo (link do Público não disponível) deveria ter feito reflectir gente que lida com informação.

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publicado às 11:34

Coisas a acertar no novo Público

por Tempos Modernos, em 22.11.12

O Público chegou hoje às bancas vestido com uma falsa 1ª página (e segunda e penúltima e última páginas) de promoção da sua versão online

 

E deseja-se, sinceramente, que o projecto vingue, mesmo se construído sobre o cadáver de jornalistas e outros trabalhadores desempregados. 

 

São já mais que demais os jornalistas que existem para os jornais que há em Portugal. E, no entanto, são mais que de menos para aquilo de que o jornalismo português precisava. Fazer melhor informação com menos gente é impossível. Acreditar na salvação pelo online é colocar-se na mão de geeks, nerds e outros freaks dos gadgets.

 

Infelizmente, o Público vai mudando com velhos vícios de raciocínio. Só de terça até hoje, o jornal impresso trouxe todos os dias notícias que se podiam ler na véspera na edição electrónica. Esperam os gestores do jornalismo que haja muitos leitores dispostos a dar continuamente 1 euro por uma coisa com artigos que já leram no dia anterior?

 

Outra pecha antiga do jornal é a revisão. Em tempos, acharam que não necessitavam de revisores, que os jornalistas tratariam de escrever correctamente. Resultado: o Público sempe se ressentiu da ortografia. O que é má política. Classicamente, devia haver mais leitores a manifestar mais rapidamente a sua raiva contra as gralhas do que contra a intromissão da opinião no noticiário ou contra as opções editoriais. 

 

Não há quem nunca tenha falhado a colocação de uma vírgula, atropelado uma grafia, embirrado com uma expressão. Mas fazê-lo logo na primeiro caderno promocional com que se lança um projecto novo é muito mau cartão de visitas. No espaço dedicado a explicar o novo modelo dos comentários, dos leitores, escolheram um texto que começa por um redundante " dias atrás". Naquela onde elencam os colunistas, por baixo da foto de Pedro Lomba, lê-se que "o recentimento (sic) não é só económico.

 

 

 

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publicado às 10:55

Cavaco na loja de porcelanas

por Tempos Modernos, em 21.11.12

Cada tiro, cada melro. Agora Cavaco contesta o estigma que afastou Portugal do Mar, da Agricultura e da Indústria. Nas caixas de comentários de jornais online, a maioria dos leitores estranha estas novas preocupações.

 

Com o tempo que leva a perceber aquilo que era essencial, talvez daqui a outros tantos 27 anos Cavaco venha a estar preparado para ser Presidente da República.

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publicado às 19:07

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publicado às 21:29

Diluir os subsídios de Natal e de Férias ao longo do ano nos salários é um velho desejo da direita, há muito defendido por figuras como Bagão Félix.

 

Dizem que é mais justo, uma vez que o trabalhador tem direito a essas verbas que assim ficam desde logo à sua disposição. Defendem ainda que facilitam a vida das tesourarias das empresas, que deixam de necessitar de dois meses no ano em que movimentam uma massa salarial duas vezes com o dobro do tamanho habitual.

 

Pedro Mota Soares que se tem especializado em mostrar na prática o trabalho do partido dos contribuintes, pobres e reformados volta à carga com essa velha ideia em conselho de concertação social. E diz querer começar a devolver subsídios aos trabalhadores logo no primeiro mês de 2013.

 

A proposta que parceiros como a UGT se arriscam a aceitar - não tem aceitado tudo? -  é uma armadilha adoçada pelo rebuçado de não ver o ordenado cair tanto em Janeiro. A medida permitirá que com o valor diluido em duodécimos fique criada a ilusão de um aumento de salário.

 

Em breve, será sobre essa massa que se farão cálculos e estimativas salariais e num prazo mais curto que longo, estarão os subsídios enterrados de vez e entretanto comidos pela inflação. 

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publicado às 20:54

Entre o desejo e a realidade

por Tempos Modernos, em 20.11.12

O Orçamento de Estado para 2013 propunha inicialmente criar uma sobretaxa de IRS no valor de quatro por cento.

 

Na semana passada, houve quem na comunicação social conseguisse noticiar (aqui e aqui, por exemplo) que a referida sobretaxa (que para já não existe) foi reduzida pelo Governo em meio ponto percentual. 

 

Acreditar na patranha de que tirar 0,5 por cento ao valor de uma taxa que ainda se vai criar correponde a uma baixa de impostos assenta na bissectriz que separa os quadrantes da ingenuidade patológica dos da propaganda descarada.

 

Ontem, encheram-se notícias com a ideia gasparina de que a sexta avaliação da tróica a Portugal correu que foi uma maravilha. Ainda se está para ver que efeito positivo na economia terá mandar umas dezenas de milhares de funcionários públicos para o desemprego.

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publicado às 19:15

Cada país tem as entrevistas que merece

por Tempos Modernos, em 20.11.12

Por cá, para o Público, apanhou-se o comissário europeu do Emprego, Assuntos Socias e da Inclusão numa conferência na Gulbenkian. László Andor, confessou a sua estupefacção com os níveis de desemprego a que a Europa chegou, insistiu em boa parte da receita e admitiu o aparecimento de uma geração perdida nos países do Sul. Não foi por falta de avisos que houve-os suficientes, mas há dificuldades de compreensão que a compreensão não compreende.

 

Em Espanha, o El País ouviu Dilma Roussef, participante na conferência Ibero-Americana, e a presidente brasileira lembrou o papel do FMI na década de 1980 na América do Sul e o impacto profundamente negativo que teve no emprego e nas vidas daquele continente.

 

É o mesmo o FMI que descobriu que Portugal se arrisca a perder a sua geração mais qualificada de sempre, condenada à emigração ou ao sub-emprego e deitando fora o investimento que o País fez nela. Valia a pena ter mandado jornalistas a  Cádiz, onde se realizou a cimeira Ibero-Americana ouvir uma líder com estatura internacional dizer o que há para dizer.

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publicado às 18:12

Qu'é aquele casarão branco ali ó cimo?

por Tempos Modernos, em 20.11.12

 

(Foto: wikipédia)

 

Argumentos valem o que valem. Nos últimos dias, ouve-se dizer que as manifestações são convocadas para São Bento por ser um espaço 

reduzido que depressa fica composto com a multidão.

 

Deve ser irrelevante o facto de ficar ali, no alto daquelas escadarias mais largas, aquele edifício grande onde os deputados se juntam e se aprovam muitas medidas do Governo e assim.

 

Talvez os críticos possam pedir aos parlamentares para passarem a reunir--se no Parque da Bela Vista, um sítio mais arejado onde os manifestantes se reduzam à sua verdadeira dimensão.

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publicado às 16:59

É mais ou menos isto

por Tempos Modernos, em 19.11.12

Não fazer queixinhas e enfrentar apenas os que têm poder igual ou superior ao teu. 

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publicado às 11:11

'Tadinho do crocodilo

por Tempos Modernos, em 19.11.12

 

(Foto: jornaldenegocios.pt)

 

José Manuel Fernandes, durante anos director do possivelmente mais influente diário de referência português, confessou em Coimbra o seu "enfado" por "um certo jornalismo de pé-de-microfone" e concluiu que "[o]s jornalistas «têm alguma culpa na crise dos média» e na «perda de audiências»".


Concordo com o que o senhor diz, mas também acho que tem piada dito por quem andou metido em matérias como escutas em Belém e armas de destruição em massa no Iraque, duas das mais mal contadas histórias do jornalismo português do século XXI. 


Talvez a chave para evitar a estupefacção resida no uso da expressão "um certo" referindo-se ao jornalismo pé-de-microfone. A  solução é semântica e, se calhar, a José Manuel Fernandes só incomodará algum jornalismo de pé-de-microfone e não todo e qualquer jornalismo desse género. 

 

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publicado às 10:15



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