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Já deixei de ler jornais por terem corrido de lá com gente cujo trabalho acompanhava, mas que directores e gestores consideravam preguiçosos.
Não regressei a essas publicações, agora cheias de gente que trabalha muito.
(Foto: rr.sapo.pt)
Durante demasiados anos, o Comité Olímpico Português teve Vicente Moura como dirigente máximo - um trabalho temperado com rasgos de autoritarismo, gaffes e falta de respeito por atletas.
Os resultados nunca saíram da banalidade e as episódicas medalhas deveram-se bem mais a rasgos individuais do que a um trabalho de continuidade.
Substituído o comandante, já se confirmou que voltamos a andar mal servidos de dirigente.
José Manuel Constantino anunciou há dias que Miguel Relvas será Alto Comissário da Casa Olímpica Portuguesa no Brasil.
Ou o presidente do Comité Olímpico Português chegou ontem de Marte ou tem uma exigência muito baixa em relação ao perfil ético e de cidadania dos que escolhe para consigo colaborar.
Só uma das duas justifica que ache que o ex-ministro, tendo passado pelo Governo como passou, tenha condições para assumir seja qual for o cargo público ou de representação nacional.
(Foto: dn.pt)
Oscar Mascarenhas é o grande responsável de eu ter chegado ao jornalismo. Temos ambos publicado, escrito a quatro mãos, um livro sobre o processo Casa Pia.
A subscrever de uma ponta à outra conteúdo e forma da sua dura coluna de provedor dos leitores no Diário de Notícias de hoje.
Eu sou aquilo que se chama uma pessoa bem intencionada.
Ora, do meu ponto de vista, Maria Luís Albuquerque tem sucessivamente alterado aquilo que diz a propósito do seu conhecimento das SWAPS. À medida que Teixeira dos Santos, Costa Pina e até o seu ex-chefe Vítor Gaspar dizem coisas, a já não tão recente nova ministra das Finanças matiza o que diz.
Até Marcelo Rebelo de Sousa, sempre pronto a defender os pontos de vista clubístico-partidários do PSD de ambos, confirmou que Maria Luís Albuquerque mentiu.
E, se mentiu, não tem, concluo eu, condições ou idoneidade para se manter no cargo. Deveria demitir-se ou ser demitida.
Pouco interessam as garantias que Passos Coelho deu a Cavaco Silva sobre Maria Luís Albuquerque.
A caução dada pelo primeiro-ministro em nada atenua outra informação que Cavaco tem sobre a ministra - Exactamente a mesma que o comum dos mortais tem sobre ela: a sucessora de Gaspar mentiu.
Anteontem, na sequência de novos dados sobre os conhecimentos da ministra a propósito da existência de SWAPS, e de nova matização de afirmações anteriores, Cavaco voltou a abonar a manutenção da governante.
De acordo com um aforismo muito querido ao inquilino de Belém duas pessoas bem intencionadas com a mesma informação chegam necessariamente à mesma solução.
Sendo eu bem intencionado, vide supra, e advogando a demissão de uma governante pouco séria com a verdade - até o seu correlogionário Marcelo diz ter mentido -, só se pode concluir, de acordo com o aforismo presidencial, que Cavaco não é uma pessoa bem intencionada.
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