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Nota: a introdução de quebra de parágrafo é minha.
Diz o "pequerrucho"* (Marques Mendes) que o Governo não quis espantar a "caça" (eu e os queridos leitores) e por isso não anunciou o fecho de 50 por cento das repartições de finanças existentes.
Espera-se que tenha o bom senso de as mandar fechar lá nas autarquias onde houve vitórias do PSD e sdo CDS-PP (o irrevogável Portas é que tem a pasta da reforma do Estado, ou nem por isso? ). Pode ser que tenham menos reclamações. E esses eleitores merecem ver a crença recompensada bem como participar nos sacríficios que justificam.
* Não sou propriamente um amante das piadolas sobre o aspecto físico do pessoal, mas quando Marques Mendes chama caça aos portugueses abre uma janela de retribuição de bons modos.
(Fonte: jn.pt)
Ricardo Araújo Pereira tem-lhe chamado "génio da banalidade". Dizem as más-línguas que por rivalidade clubística.
O comediante nem sempre faz o trabalho de casa - repete demasiadas vezes no Governo Sombra o que escreveu antes na Visão e deixa João Miguel Tavares sem contraditório, sem o desmontar e sem o fazer levar para o tabaco -, mas são muito mais lúcidos os seus comentários que os da esmagadora maioria da intelligentsia comentadora-jornalística.
Se Araújo Pereira acusa Rui Moreira de ser um "génio da banalidade", manda o bom-senso que se avalie a acusação. Uma nota pessoal: como só muito vagamente acompanho as coisas da bola, confesso nunca ter prestado especial atenção ao pensamento do homem da Associação Comercial do Porto. Nas escassas vezes que o topei no comentário político, simpático e cordato, não entusiasmava, nem se recomendava, excessivamente próximo do Governo.
No entanto, foi embalado e embandeirado como "o verdadeiro representante" daquilo a que os jornais chamam "Candidatura Independente", Rui Moreira começou mal. No discurso de dia 29 de Setembro, assumiu a vitória no Porto com críticas aos partidos. Agora, na primeira entrevista concedida após a vitória eleitoral de domingo, aponta a cidade "servindo mais uma vez" como "farol para o país".
Ideias velhas e relhas as de Rui Moreira, em nada trazem novidade: Primeiro, o discurso avulso, populista, demagógico e inconsequente anti-partidos. Agora, a bravata de um bairrismo improdutivo, inculto, desmemoriado e assente em lugares-comuns perigosos num país demasiado pequeno para recorrer a divisionismos artificiais.
Pelas amostras juntas, e até ver, o discurso de Rui Moreira ainda só se mostrou independente da inteligência e da novidade.
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