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Ainda sem perceber a Constituição

por Tempos Modernos, em 19.07.16

No PSD continuam com dificuldades de perceber o que aconteceu nas últimas legislativas.

 

Atira para o PS, BE e CDU a responsabilidade de aprovarem o Orçamento do Estado de 2017. O que faz sentido.

 

Só que depois o fraseado escapa-se-lhe para o ressentimento quando diz que os partidos que apoiam o Governo devem "construir as soluções que [...] que assegurem a durabilidade do Governo".

 

O chefe da bancada laranja, Luís Montenegro, não terá reparado que o Governo do seu partido e do CDS-PP, saído das legislativas de 2015, não aprovou programa e nem um mês conseguiu durar?  Mal por mal, os que lá estão já conseguiram aprovar programa e durar quase oito meses. Sempre mostraram mais "soluções de governabilidade, com estabilidade, consistência, que assegurem a durabilidade do Governo" que as apresentadas por Passos Coelho e Paulo Portas.

 

 

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publicado às 21:25

As máquinas correctoras

por Tempos Modernos, em 19.07.16

Tiago Brandão Rodrigues tem sido um bom ministro da Educação (o que não era difícil depois do beco oitocentista em que Nuno Crato enfiou o sector). Pôs fim a ideias muito, muito velhas, freou gastos injustificados, pôs fim ao vocacional e ao ensino segregado.

 

Mas a ideia de substituir as notas das provas de aferição por relatórios individuais parece fazer escasso sentido. A feitura destes relatórios tem tudo para se tornar uma tarefa ciclópica e de muito difícil operacionalização

 

 

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publicado às 20:37

O golpe por outros meios

por Tempos Modernos, em 19.07.16

Passaram na noite de 17 para 18 de Julho, oitenta anos sobre o início do golpe de Franco e dos nacionalistas contra o governo republicano espanhol, eleito uns meses antes. Era o início da guerra civil.

 

Em 1973, num outro 11 de Setembro, Salvador Allende, presidente chileno morria, na sequência de um golpe levado a cabo pelos militares e que levaria o ditador Pinochet ao poder.

 

Não têm faltado golpes contra as esquerdas eleitas. Hoje os métodos não são os de genocidas, como o generalíssimo espanhol, ou o de torturadores sul-americanos, como Pinochet.

 

Não é preciso ser da esquerda republicana espanhola, ou da esquerda socialista chilena para a direita se querer impor por meios não-democráticos. E não é preciso estar-se na primeira metade do século XX, em décadas de autoritarismos. Não é preciso viver-se num país de um continente crioulo, quase sempre alheado das tradições demo-liberais. Basta que, como sucede agora em Portugal, um partido de tradição social-democrata europeia, seguidor da terceira via na maior parte dos últimos anos que governou, queira atenuar medidas austeritárias da extrema-direita económica.

 

Pior, basta que surjam como esperançosos os resultados da execução orçamental do Governo do PS, apoiado pela esquerda parlamentar.  Os valores conhecidos parecem indicar o cumprimento das metas acordadas com a União Europeia, mesmo que o cenário macroeconómico se tenha degradado, também à custa  das quedas importadoras de Angola e do Brasil.

 

Para que Portugal se endireite - com o pretexto de um não cumprimento passado, sob a sua supervisão e amen -  uma Comissão Europeia não eleita, apoiada por um grupo informal de ministros da zona euro, um grupo sem existência legal que condiciona o Ecofin, exige um plano B.

 

O objectivo é óbvio. Se forem aplicadas sanções, Portugal - que parece estar no bom caminho, com a a suspensão de uma série de medidas queridas de Bruxelas e Berlim - ficará em maiores dificuldades para cumprir o acordado.  Se o Governo optar por seguir o diktat, corre o risco de perder a sua base de apoio parlamentar. E cair. As pressões sobre a Caixa Geral dos Depósitos também fazem parte do plano golpista em curso para derrubar um governo eleito.

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publicado às 19:17

O Expresso dá conta do surgimento de um novo projecto jornalístico económico a sair até ao final do ano.

 

A coisa foi pensada por António Costa, ex-director do falido Diário Económico, e por Paulo Padrão, ex-director de comunicação do BES. O currículo e o perfil dos promotores diz muito sobre o contributo jornalístico que dali virá.

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publicado às 21:06

As apresentações periódicas dos desempregados a receber subsídio foram criadas por Vieira da Silva, o tal ministro que jornalistas-comendadores dizem ser apreciado pela esquerda.

 

Para lhe minar qualquer credibilidade à esquerda, bastava a criação da obrigação que transforma os desempregados em arguidos com termo de identidade e residência, impedidos de sair de casa por uns dias sem autorização do IEFP, e a ter de dar conta das saídas para férias .

 

A coisa termina agora. Tantos anos para no PS darem conta da falta de critério de proporção e proporcionalidade da imposição que criaram e dos paralelismos com os termos para identidade e residência do processo penal.

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publicado às 16:59

Assunção Cristas queixava-se há dias das descidas do IVA da restauração, dinheiro que teria melhor efeito se aplicado em políticas de natalidade. A presidente do CDS-PP não vê virtudes em poder contratar mais empregados, baixar preços e por essa via atrair clientes, ter fundos para fazer investimentos, para mais compras no sector agro-alimentar, ou mesmo do ficar com mais dinheiro no fim do mês. É, aliás, o mesmo ponto de vista ideológico de Teodora Cardoso, um olhar pitosga, diria Jerónimo de Sousa.

 

Em nada disso que potencia a melhoria de vida de centenas de milhares de trabalhadores do sector e de estabelecimentos (muitos deles a funcionar como em tempos funcionou a agricultura de subsistência) vê Assunção Cristas alguma virtude. A presidente do CDS-PP está convencida de que as pessoas não têm filhos apenas por falta de tempo para tomar conta deles. O problema da falta de dinheiro no fim do mês não lhe surge como um obstáculo. É que ter dinheiro no bolso até os problemas da falta de tempo resolve. E, ainda por cima, permite fazer escolhas.

 

É, obviamente, uma questão ideológica que ao reforçar económico de um sector de actividade composto por milhares e milhares de micro, muito pequenas e pequenas empresas, a ex-ministra da Agricultura prefira a caridosa satisfação de clientelas através do despejo de verbas em creches pertencentes a IPSS e à Igreja Católica. Afinal, no CDS-PP já mostraram várias vezes gostar bastante dos contratos de associação, que lhes servem para quase tudo.

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publicado às 15:53

Critérios de um gajo de Mação

por Tempos Modernos, em 16.07.16

Com toda a perspicácia, inteligência e talento a que nos habituou, Duarte Marques reclamou dos termos altamente críticos com que Hollande, outros dirigentes e jornais franceses se referiram à ida de Durão Barroso para a Goldman Sachs:

 

"Era o que mais faltava: Portugal ou um português receber lições de moral de França ou de Hollande."

 

Ao deputado laranja, ex-presidente da JSD, não se conhecem estados de alma pelos ataques de Schauble ou de Dijsselbloem a Portugal. O que o encanita é que ponham Durão Barroso em causa.

 

Com figuras como Duarte Marques, custa muito ser objectivo e cumprir, em simultâneo, Os Preceitos de Francisco Louçã para o Correcto Relacionamento entre Jornalistas e Políticos

 

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publicado às 15:38

Nice

por Tempos Modernos, em 15.07.16

As compreensíveis declarações de guerra ao terrorismo feitas por Hollande repetem outras. Em tanto lado. Um discurso mil vezes repetido que não tem posto fim aos atentados.

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publicado às 16:00

A via plesbicitária

por Tempos Modernos, em 15.07.16

Com o dispositivo cultural bem montado na comunicação social, que esperanças terá o Bloco de Esquerda nos resultados de um referendo ao tratado orçamental?

 

Os resultados de um referendo são diferentes dos resultados de uma eleição. Atam e complicam mudanças. Uma decisão discreta no tempo perpetuada como se fosse um ponto de vista contínuo.

 

As mudanças de governo e políticas, que em cada eleição legislativa se podem fazer, ficam francamente dificultadas com um referendo.

 

Contra a loucura europeia, o referendo pode ser uma arma. Não será a melhor solução, ou o caso grego já está esquecido?

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publicado às 15:52

Acabar com as praxes estudantis

por Tempos Modernos, em 14.07.16

Finalmente, um ministro do Ensino Superior diz com todas as letras o que tem de ser dito e feito acerca das praxes no ensino superior, uma tradição inventada e fascizante.

 

Num caso que conheço bem, o do Técnico da transição dos anos 1990 para os 2000,  sucessivas direcções da Associação dos Estudantes (de Miguel Lobo, João Fonseca,  Luís Mota, Valentina Garcia, Sara Oliveira, José Oliveira, Pedro Moura e Ricardo Martins) dinamizaram grupos e comissões não praxistas de recepção e apoio dos novos alunos. Tudo mudou quando estas listas foram substituídas por outra repleta de gente da JSD e acarinhada pelo então presidente do Conselho Directivo, Diamantino Durão. Queriam recuperar o espírito académico, diziam.

 

No Conselho Pedagógico  da escola esteve-se vários meses à espera que os representantes da área pedagógica dessa AEIST quisessem marcar uma reunião com o órgão de gestão - decorria então o processo do Tagus Park, da implementação das chamadas medidas pedagógicas, que aumentaram o semestre lectivo e encurtaram o período de avaliação. Em compensação, na nova revista, paga  por um patrocínio bancário, o que nunca tinha acontecido, os representantes da área pedagógica da AEIST escreviam (e ilustravam), todos os meses, artigos sobre o uso da capa e batina e outros assuntos do género.

 

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publicado às 16:16



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