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A quadratura do círculo

por Tempos Modernos, em 31.08.16

Os sinais da economia portuguesa não são exactamemente contraditórios. Não arranca, mas também anda longe da catástrofe que a oposição anuncia diariamente.

 

Sem investimento nunca arrancará. Mas as regras da União Europeia impedem o investimento.

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publicado às 17:29

Mudanças de paradigma (reescrito)

por Tempos Modernos, em 31.08.16

Perante o pedido de pagamento de IMI de prédios da igreja feito por algumas repartições de finanças, a presidente do CDS-PP ameaça.

 

Pelo menos é isso que parece decorrer do modo como Assunção Cristas põe a questão. Um estilo causa-efeito plasmado como vingança:

se cobrarem impostos à Igreja, o CDS-PP exigirá o fim da isenção do IMI de partidos e sindicatos.

 

É a responsável máxima de um partido civil a retaliar sobre os partidos e os sindicatos em nome da Igreja a que pertence.

 

O Partido do Paulinho das Feiras terá dado lugar ao Partido da Sãozinha das Freiras.

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publicado às 15:58

Um tópico muito recorrente no discurso do PSD é a catástrofe a que o país está sujeito sempre que há governações do PS. De como as acções governativas do PS afugentam todo e qualquer o investimento estrangeiro.

 

Gritam muito alto como para serem ouvidos lá fora. Como se por falarem, a coisa acontecesse. Como se quisessem reforçar a hipótese de ser ouvidos e assim minar a resposta económica obtida por outras governações que não a sua.

 

Agora é Passos Coelho a descobrir um país dominado pelos comunistas e pelos bloquistas. Do Minho ao Algarve, uma série de diabos vermelhos a evitar cuidadosamente por qualquer empresário digno desse nome. Felizmente, amigo, o PSD avisa. Como avisa sempre.

 

Por isso também me rio sempre, muito, quando ouço alguém daquela banda a falar de sentido de Estado.

 

 

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publicado às 14:23

Senhorios querem taxar a democracia

por Tempos Modernos, em 29.08.16

É curioso que a Associação Lisbonense de Proprietários (ALP) peça agora o fim da isenção de IMI para os partidos e se coíba de pedir o mesmo para a Igreja Católica.

 

Depois de ter sido noticiado que algumas repartições de Finanças começaram a cobrar IMI à igreja, já o Expresso tratou de noticiar o património imobiliário dos partidos. Agora lembra-se a ALP de pedir o fim das isenções dos partidos.

 

Espera-se que algum jornal (o Expresso, por exemplo) contabilize a dimensão da propriedade predial da Igreja Católica. Muitos desses bens foram obtida por doação, em mais de quatro mil paróquias em todo o território nacional. Seria, pois, muito interessante que todos percebessemos a dimensão da propriedade imobiliária nas mãos da Igreja.

 

Já agora, perceber quanto pagaram de impostos pelas doações de bens dos particulares e perceber quanto IMI deixou de ser cobrado quando essas propriedades passaram das mãos dos privados não isentos para as mãos da isenta Igreja.

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publicado às 12:12

A guarda das florestas segue modelo a corrigir

por Tempos Modernos, em 29.08.16

O Governo não terá nenhuma vontade de reactivar uma Polícia Florestal cujas carreiras foram extintas há dez anos por um governo do PS.

 

Num debate televisivo, Jorge Gomes, secretário de Estado da Administração Interna, insistiu na solução então encontrada - a da integração dos antigos quadros da Polícia Florestal no SEPNA, o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR.

 

Com a importância que a floresta tem na economia nacional e com as características que em Portugal tomam, ano após ano, os incêndios florestais, será um erro filosófico de fundo insistir numa solução não exclusivamente voltada para esse sector.

 

O SEPNA acorre a derrames de óleo, a lançamentos de entulho em lugares não autorizados, a pássaros vendidos em feiras, a cães a ladrar em apartamentos. E os antigos mestres da Polícia Florestal acompanham-nos o ano inteiro nessas missões. À floresta, irão quando forem. E, ainda assim, apenas lá irão os que não tiverem sido integrados em equipas que actuem em concelhos de grande peso urbano, como o de Lisboa.

 

 

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publicado às 09:55

Passos sem estabilidade

por Tempos Modernos, em 29.08.16

Pedro Passos Coelho insiste na "obrigação moral" da esquerda em garantir a estabilidade do país.

 

Quer dizer, tem razão, sim, mas com ressalvas. Depois das últimas legislativas, Passos Coelho não se coibiu de formar Governo quando já quase toda a gente tnha percebido que a sua não era uma solução estável.

 

Depois disso, tem havido bastantes mais meses de estabilidade política do que aqueles que ele e Paulo Portas foram capazes de garantir.

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publicado às 09:45

A papaguear o paleio dos outros (título alterado)

por Tempos Modernos, em 28.08.16

Vem no Diário de Notícias e não vem assinado.

 

Diz-se na peça que

 

"... [N]o quadro da designada 'geringonça' - acordo entre os partidos de esquerda que viabilizou o Governo do PS ...".

 

Ora, foi Paulo Portas a designar por Geringonça  o governo de António Costa.

 

O então presidente do CDS-PP aproveitava para soundbite o título de uma crónica de Vasco Pulido Valente acerca das primárias do PS. E usava o termo com intenções de provocação e de combate partidário. Intenções legítimas, mas intenções dele.

 

Os jornalistas podem ter as preferências partidárias que quiserem. Mas designar o Governo por um termo utilizado com propósitos de achincalhamento, mostra o nível indigente da reflexão dos meus camaradas de profissão.

 

Já é outra questão. Mas também é grave que boa parte dos jornalistas use sem qualquer premeditação um termo criado com intenção insultuosa, Isto evidencia de modo ainda mais grave um certo estado cultural da corporação. Como bem lembrava António Guerreiro há um par de semanas," mais importante e necessário do que denunciar o que o jornalismo esconde, é analisar e criticar o que ele exibe".

 

 

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publicado às 19:54

Histrionias de Verão

por Tempos Modernos, em 27.08.16

Os incêndios florestais em Portugal trazem sempre alguns tópicos populistas de discussão.

 

Primeiro, surge a ideia peregrina de lançar os incendiários às chamas. Já a ouvi da boca da mesma pessoa que lançava beatas de cigarro pela janela do carro e que se zangava por lhe chamarem a atenção.

 

Depois, fala-se dos desempregados e dos beneficiários do rendimento de inserção que devem se postos a limpar matas. Não ocorre aos proponentes que a falta de limpeza das florestas portuguesas também decorre das poupanças obtidas com o fim dos guardas florestais, atirados para a GNR, e até dos cantoneiros da antiga JAE. Entre a criação de empregos ligados à floresta e o forçar desempregados e pobres a limpar as matas há sempre uns quantos a preferir a segunda opção.

 

Por fim, outro tópico recorrente é o do uso dos militares no combate aos incêndios. Se há quem queira aproveitar desempregados e beneficiários do rendimento mínimo em trabalhos de limpeza de mata para o qual não têm vocação nem treino, é natural existir quem queira desviar as Forças Armadas daquilo para que elas servem e para o que são treinados.

 

Isto, embora, em caso de necessidade, as Forças Armadas possam e devam apoiar os bombeiros e a protecção civil. Como ainda agora se viu claramente na Madeira. A Força Aérea até poderá usar horas de voo em treino de ataque a incêndio. Durante o Verão o Exército pode e deve fazer treino de campo e patrulhas nas matas. A arma de Engenharia pode e deve abrir picadas e estradas corta-fogos. 

 

Mas se calhar, sem treino específico, os militares do Exército apenas serão aproveitáveis como auxiliares, na retaguarda dos bombeiros, e nas situações mais dramáticas. Não se substituem a forças de combate a incêndios bem treinadas e bem equipadas. Mas não é disso que se trata, o pressuposto desses críticos (e, por um variado conjunto de motivos, há jornalistas entre os mais excitados pelas chamas) é que as Forças Armadas gastam dinheiro e não fazem nada, tal como os desempregados e os beneficiários do rendimento mínimo. Entre a opção de planear e ordenar para evitar catástrofes e emergências, há sempre uns quantos que preferem improvisar.

 

 

 

 

 

 

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publicado às 14:52

Até já se confessa no lead o que os move

por Tempos Modernos, em 27.08.16

O orçamento rectificativo e a injecção de capital são obviamente relevantes, mas é estranho que a ninguém ocorra perguntar da vitória política que o acordo de Bruxelas significa, mesmo que haja muitos, muitos pormenores para esclarecer:

 

"Mário Centeno sorriu, com ar espantado, talvez pelo facto de ninguém na sala, naquela conferência de imprensa, lhe perguntar pela vitória que reclamava. As televisões não destacaram e os jornais no dia seguinte não puxaram pela frase que na altura  fez questão de frisar: «O acordo é uma boa notícia, uma muito boa notícia». A ideia não passou e o que ficou no papel foi que as contas orçamentais teriam de ser revistas para acomodar a injecção de capital. Centeno não apareceu como o salvador da Caixa nem da pátria, pelo menos da financeira."

 

In Público

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publicado às 10:48

Apenas de me recordo de um ano lectivo em que na primeira aula de Educação Física o professor se lembrou de fazer provas de salto em comprimento, lançamento de peso e corrridas de velocidade e de meio-fundo. Registou os resultados, os meus seriam confrangedores, mas não faço a mínima ideia do que lhes terá acontecido.

 

Tenho a certeza de que estes resultados não foram aproveitados para encontrar talentos, fazer uma selecção da escola, participar em campeonatos escolares regionais e em campeonatos escolares nacionais. Duvido que, entretanto, tenha ocorrido a alguém dinamizar este tipo de provas de modo contínuo e ao estilo do que se vê nos filmes americanos.

 

Não percebo nada do assunto, mas acredito que fosse uma maneira de descobrir vocações, aumentar o número de atletas e estimular melhores resultados. Com o actual modelo, apenas os excepcionais e os mais teimosos podem conseguir evidenciar-se. É um modelo poupadinho, conforme exigido, de aposta nos melhores dos melhores, que esquece que da quantidade surge a qualidade, que a emulação consegue muito.

 

Apesar da baixa intensidade de uma aposta nacional no desporto, ainda há quem reclame dos resultados dos portugueses nos Jogos Olímpicos (alguns, nunca desmerecendo, com manchetes indigentes). E nas televisões, o espaço para o atletismo e outras modalidades - tardes e manhãs inteiras nas duas RTP, com corta-mato, meetings de atletismo, torneios de ténis, provas de esqui, de natação, de saltos para a água, de ginástica, de ciclismo - foi substituído, desde a fundação da SIC, pela monocultura do futebol e dos debates canalhas e sectários.

 

 

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publicado às 13:54

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