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Vasco Pulido Valente escreve bem.
Depois terá estado seis meses em Oxford, o que para o indígena parvenu justifica qualquer carreira.
Infelizmente, incapaz de fugir ao ego, à zanga, transfere para as análises não realismo pessimista, mas auto-estima arrasada.
Mas isso é só problema dele.
O nosso é que cai demasiadas vezes na armadilha das falácias e há quem o leve a sério.
Mais coisa, menos coisa, em defesa de Christine Lagarde, na sexta-feira, despachou que a Europa Ocidental (aquilo que Vasco gosta de arrumar na categoria esquerda bem-pensante) se está borrifando para as crianças do Níger.
Não é bem assim. Pulido Valente estará. Tal como o estará Christine Lagarde, directora-geral do Fundo Monetário Internacional, que não paga impostos mas exige que os gregos pobres os paguem.
Ninguém minimamente informado acredita que as preocupações de Christine Lagarde com a fome em África ou os miúdos sem cadeiras nas escolas do Níger sejam legítimas e consequentes. A instituição tem feito muito pela destruição das economias africanas.
Que nenhum dos dois seja capaz de perceber que a nigerização europeia não risca um fósforo no fim da pobreza no mundo é parte substancial da tragédia.
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