temposmodernos

(Foto: sítio da fundação de uma rede de supermercados holandesa onde o ex-director a que este post se refere publicou um livro sobre informação e jornalismo)

José Manuel Fernandes esteve vário anos à frente de um jornal diário,  servindo em centenas de editoriais como arauto do modelo de mercado que destruiu a economia mundial.

Nos tempos livres descobria armas (quiçá nucleares) no deserto iraquiano, cama e pucarinho com George W. Bush, Blair, Aznar  e Durão Barroso, antigo parceiro de extremismos pós-revolucionários. Pelo caminho deu também com uns microfones colocados por Sócrates em Belém (quiçá dentro dos ares condicionados)  num caso que  nos Estados Unidos da América teria acabado com a carreira de um presidente.

Agora, na sua coluna do mesmo jornal, sem link, fala de uns "lunáticos da esquerda radical" que criticaram as curas de austeridade. Ainda bem que estes anos todos sempre existiu (e existe) pluralismo nos jornais. Ainda bem que esta casta directiva, luxuosamente remunerada, permanece intocável ou reconduzida no alegre mundo do comentário. Faz falta à nação. Sem os joões baptistas da jornalismo não se conseguiriam perceber as virtudes demiúrgicas desta Santíssima Trindade, Pedro, Paulo e Victor.