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(Foto: Abutre no Estúdio, de João Onofre, em http://www.drawnbyreality.info/vulture.html)
O Brasil em Portugal, que decorrerá ainda em 2013, tem em Portugal no Brasil o contraponto tropical.
Só que se o Brasil optou por mostrar a sua cultura na antiga metrópole, Portugal preferiu mostrar por lá uma face empresarial.
Sorte portuguesa, azar brasileiro. É que Camões, Pessoa e Oliveira, sem ir mais longe, e para ficar só pela desmesura super-heróica, são produtos de luxo, bens exportáveis de grande valor transacionável.
Já as empresas portuguesas têm bem mais que se lhes diga. E não será no actual quadro de regime, com figuras como Pacheco Pereira arvoradas em intelectuais orgânicos, que se conseguirá perceber a importância da Arte e da Cultura para a promoção do país e para a criação de riqueza.
Se se imagina um estrangeiro que ao engano visite Constância para seguir os amores de Camões, procure a lisboeta basílica dos Mártis para ouvir o sino da aldeia de Pessoa, ou suba o Douro por causa de Oliveira, já se não imagina quem invista numa viagem para visitar os estabelecimentos da Jerónimo Martins ou uma barragem no Foz Côa.
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