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"1. Os jornalistas e outros trabalhadores ao serviço do jornal “Público”, do poderoso Grupo Sonae, cumprem [hoje], dia 19, uma greve de 24 horas como forma de luta e de protesto contra a intenção da Administração de despedir 48 trabalhadores, dos quais 28 são jornalistas e também em defesa do jornal e do seu futuro.
2. Com efeito, os jornalistas e os outros trabalhadores têm clara consciência de que, além do pesado ónus pessoal, familiar e social que este despedimento representará se for consumado, a intenção da Administração de reduzir drasticamente a força de trabalho do “Público” virá a ter consequências muito sérias no desempenho do jornal, seja na edição impressa, seja nas suas versões digitais.
3. Ao enfraquecer a capacidade do “Público”, a Sonaecom, cujos lucros aumentaram quase 52% em 2011 e quase 20% no primeiro semestre deste ano, estará a condenar o futuro de um importante activo no panorama da imprensa nacional e a contribuir para a redução da oferta informativa no país.
4. Bem podem a Sonaecom e o grupo Sonae argumentar com os prejuízos que o jornal está a dar, que não iludem factos indesmentíveis: o “negócio” do jornal é pequeno no vasto universo do seu “portfólio” de actividades, mas reveste uma grande importância no panorama da imprensa portuguesa, que é necessário proteger e valorizar; e os prejuízos são uma pequena gota no oceano dos seus lucros.
5. É por isso que esta greve é uma luta justa e necessária: é preciso dar voz a um protesto e também a um apelo para que a Sonae mantenha, reforce e relance o “Público” e preserve os seus postos de trabalho!
6. Sendo uma luta justa e necessária, esta greve também convoca a solidariedade dos jornalistas, dos trabalhadores do sector dos cidadãos, pelo que a Direcção do Sindicato dos Jornalistas, activamente solidária com os trabalhadores ao serviço do “Público”, apela à expressão do mais amplo apoio, designadamente através da presença junto dos piquetes de greve em Lisboa e no Porto."
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