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Nos últimos tempos, Paulo Portas tem defendido a sua santíssima trindade caritativa: os desfavorecidos, os reformados, a agricultura. Não tem dito muito sobre a entrada do FMI em Portugal, mas não parou de chamar a atenção para o sofrimento desses grupos sociais – leia-se nichos eleitorais.
Na sequência do anúncio da intervenção externa feito ontem por José Sócrates, Portas falou via Facebook: Que o CDS-PP só hoje tomará uma posição sobre o assunto. Recusa intervir a quente - como os outros.
O ex-ministro da Defesa diz só querer falar na posse da informação que considera "relevante; avaliar com especialistas - por exemplo em finanças, economia, direito europeu e direito constitucional". Tudo para perceber "a natureza e a dimensão do que pode estar em causa".
Mas não foi um recuo em relação ao discurso dos últimos tempos. Este tinha servido apenas para ganhar balanço para o dia de hoje. Paulo Portas mostrar-se-á disponível (mesmo que por meias palavras) para governar, admitirá a inevitabilidade das medidas de austeridade que o FMI imporá e esquecerá na prática os que tem vindo a defender. Mas não deixará de falar deles, 'tadinhos.
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