Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Paulo Portas esteve trancado mais de três horas com o grupo parlamentar do CDS-PP.
À saída, em declarações à comunicação social, quase nada disse de novo. Quase nada que não se soubesse já. Apesar das perguntas dos jornalistas, qualquer cidadão minimamente atento à cena política portuguesa saberia que o líder do CDS-PP anunciaria a aprovação do Orçamento de Estado.
Pelo menos se tivesse preferido ler os blogues de alguns jornalistas, como este aqui, em vez de ler directores e comentadores avençados pela comunicação social. Quanto a eles, a maioria é uma malta cujo raciocínio é um nó cego de lugares comuns. Caem - ou deixam-se cair - como patinhos na narrativa sobre a crise governamental, uma construção portista para não alienar eleitores.
Os deputados até podiam ter estado fechados, mais de três horas, a jogar à batota com o ministro dos Negócios Estrangeiros. O anúncio de Paulo Portas seria o mesmo.
Não se recusa que um ou outro parlamentar tenha escassa afinidade com o orçamento de Estado do Goveno PSD/CDS-PP para 2013. Nunca a suficiente para pôr a aprovação em risco. O jogo faz parte de uma táctica para convencer os eleitores de que da existência de tendências internas diversificadas podem surgir políticas substancialmente diferentes. Só quem anda a dormir acredita que os partidos são como os melões. Há coisas e assuntos para os quais nem vale a pena ter fontes no largo do Caldas. Basta a memória.
Interessante, pela carga de ameaça que transporta para Portugal, é o anúncio para breve de uma tomada de posição europeia em relação à Grécia. O resto, a parte do psicodrama do partido do contribuinte, faz parte da encenação.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.