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O cego que faz a linha verde do metro em Lisboa continua a agradecer a quem tiver a bondade ou a possibilidade de o auxiliar.
Quem o ajuda não espera mais em troca do que o ritmo batucado na caixa de esmolas.
O FMI entra para forçar Portugal a cortar nos salários e pensões, aumentar impostos e idades de reforma, pôr fim a subsídios de férias e décimo terceiro mês, vender empresas públicas garantindo o pagamento com juros aos bancos junto dos quais o país se endividou.
Os jornais andam há meses a falar numa ajuda do FMI a Portugal. Será que não percebem a diferença entre ajuda e aquilo que o FMI vem fazer?
Estou em querer que não. Andam também há tanto tempo a falar de colaboradores em vez de trabalhadores que, quando leio certas notícias, não sei se estão a falar de trabalhadores freelancers e prestadores de serviços às empresas ou dos funcionários obrigados a cumprir horários e obedecer à hierarquia. (E acho que não sou o único a ficar confundido).
Tanta aula de semiótica nas faculdades e nunca se discutiu as virtudes e defeitos das novilínguas orwelianas aplicadas.
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