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Um tipo é jornalista e há velhos hábitos que não se perdem mesmo que a realidade todos os dias se encarregue de lhe mostrar como tem tanta razão como nunca teve antes na vida. Acaba-se por resistir às próprias convicções e resvalar muitas vezes para a análise política ou para a ironia.
O problema é que esta gente tem de ser parada antes da golpada constitucional em curso e antes de nos matar a todos. Angelas merkls, christines lagardes, durões barrososo, draghis, pedros passos coelhos, víctores gaspares e bentos, paulos portas, motas soares, montenegros, magalhães, pires de limas, antónios borges, fernandos ulrichs, catrogas, marcelos, marques mendes, morais sarmentos, barretos, pachecos pereiras, alexandres soares dos santos.
Como bem lembra hoje, no Diário de Notícias, Nuno Saraiva uma das poucas chefias da imprensa portuguesa que vale a pena ler, o FMI não tem currículo. Tem cadastro. E pela comunicação social o que não falta é quem seleccione a informação e legitime estas políticas cujas consequências sociais em nada se distinguem das provocadas por vulgares quadrilhas terroristas. O que não falta é quem se dedique à traficância política em vez de informar, quem trate de afastar jornalistas menos adequados. Quem se dedique à capatazia, como recorda Oscar Mascarenhas.
Os jornalistas gostam pouco de levantar a voz contra camaradas e contra os órgãos de comunicação social. Corporativos, defendem-se dizendo que é deslealdade, que não se morde a mão que lhes dá de comer. O que se passa é que maioria ou se está borrifando ou receia o desemprego. Só se metem em lutas de primas-donas, de egos ofendidos. Em dez anos de jornalismo, nunca vi que liberdade e coragem se declinassem nas redacções por onde passei.
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