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Cavaco disse coisas importantes e relevantes na sua mensagem de Ano Novo. Mas dentro do comentário sincero feito por partidos políticos, o mais simpático foi o do Bloco de Esquerda: Cavaco é "inconsequente" com as coisas que diz. Tem sido essa a regra (veja-se o que não fez com as inconstitucionalidades do Orçamento de Estado de 2012), mas talvez o futuro traga outra acção.
Mesmo que considere o Bloco um partido radical e minoritária, a sua acusação parece ressoar estridente na consciência de Cavaco. Em entrevista, saída hoje no Expresso, o inquilino de Belém disse várias coisas. Infelizmente bem menos interessantes do que a mensagem de Ano Novo: "Ninguém chegou a Presidente com a minha experiência", "[h]oje temos uma agricultura que é competitiva", "[a minha relação com o BPN] está explicadíssim[a] em comunicado e numa declaração minha", "[c]omo posso não ter orgulho dos meus governos?", "[f]altam-me algumas qualidades dos políticos. A intriga cansa-me."
Desde que chegou a Belém, Cavaco perdeu o fulgor e prestígio que chegou a ter em muitos meios. Pode soar a profetismo barato, mas dificilmente a história lhe será leve. E a auto-justificativa entrevista ao Expresso evidencia bem como isso o contraria.
De Cavaco, apetece dizer o que noutro contexto disse há dias a um amigo e que alguém também já afirmou a propósito do actual locatário da Presidência: Faria um excelente negócio quem o comprasse pelo que vale, para depois o vender pelo que ele julga valer.
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