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O outro método também se conhece. Um dos ministros do CDS-PP - o que trata das questões laborais, da segurança social, dos pensionistas e do desemprego - diz que não é final, nem oficial, a proposta apresentada ao Governo pelo FMI. O chefe da bancada popular também se demarca.
Tramado é que a coisa esteja já publicada na página oficial do Governo. Ou que Carlos Moedas lembre o parceiro de coligação que o
relatório do FMI resulta de "consultas presenciais com todos os membros do Governo".
De qualquer forma, o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro só pode ter tido autorização do chefe laranja para descobrir estes jogos de fumo do CDS-PP. O recado do adjunto de Passos Coelho espelha críticas aos populares no círculo mais íntimo e sensível da esfera governamental.
Em termos governamentais, a jogada é irresponsável e arriscada. Ainda mais depois do que se passou com a TSU. O PSD está quase sem tempo para conduzir as mudanças que se propôs fazer e o barro precisa de algum tempo para colar à parede. Por outro lado, Paulo Portas tem cada vez menos espaço para perder a cara. Sinal importante da desagregação da coligação é dado por Assunção Cristas, talvez inconscientemente. A sobrecarregada ministra da Agricultura está grávida do quarto filho e já não tenciona passar o Verão em funções. O Executivo também não deve durar até lá.
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