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Henrique Raposo faz parte dessa mão-cheia de comentadores que não se destaca propriamente pela sofisticação ou pela originalidade do discurso, mas que os jornais cultuam e a quem gostam de dar guarida.
Quando se lembra de falar de literatura, o comentador do Expresso parece recorrer bastante aos mais que óbvios - repare-se na consensual lista de artigos que publicou sobre o tema. Ontem, regressou ao seu paralelismo entre Mariana Alcoforado e umas tais … Sombras de Grey, um best-seller actual a que a imprensa vai fazendo referências e que ignoro se se tratará de auto-ajuda, se de ficção.
Como é evidente pelo texto, Raposo nunca na vida pôs os olhos nas Cartas Portuguesas. Mas isso não o impede de, empreendedor, sugerir aos editores que atentem no sucesso das ... Sombras de Grey – que considera “porno para mamãs” – e que reeditem as Cartas Portuguesas, atribuídas à freira alentejana – a quem, inspirado por uma crónica de José Rodrigues Miguéis, chama “criadora do porno para mamãs”.
Como hoje me sinto generoso, será que alguém pode dizer ao rapaz que as cartas de Mariana Alcoforado andam aí no mercado, editadas pela Assírio & Alvim, com tradução de Eugénio de Andrade?
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