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José Alberto Carvalho anuncia que os três canais televisivos andam a ver se se concertam já nos debates autáquicos para mudar a lei eleitoral que os obriga a não privilegiar os cincos maiores partidos. Só que, lamentavelmente para o jornalismo e para a informação, o que está mal não é a lei. O que está mal são as capacidades operacionais das estações e o que perdem para o espectáculo comunicacional. Será menos esclarecedor um debate com dez partido em vez de cinco? Depende de como fôr feito. Se calhar tem de demorar mais tempo do que aquele que as estações estão dispostas a dispensar.
O director de informação da TVI prefere o ruído e as luzes à informação, jornalismo e democracia, mesmo que afirme o contrário. O que diz sobre o caso das vaias a Relvas no ISCTE adensa essa convicção. Bem pode acusar Estrela Serano de fazer uma avaliação política ao afirmar que Relvas não tem autoridade para falar do que será o jornalismo nos próximos 20 anos. Ao convidá-lo, a avaliação de José Alberto Carvalho foi também política. Tal como foi a de todos os directores de jornais que agora defenderam o ministro. Ao não ter previsto o que ia acontecer, Carvalho deixa também a desejar no que toca à capacidade de análise.
* Já depois de escrito o post, descobre-se que o recurso ao argumento "político" de José Alberto Carvalho vai mais longe do que parecia quando escolheu Relvas para discursar no ISCTE e quando saíu em sua defesa. Alguns arautos da isenção política têm dificuldade em lidar com factos e com rigores que lhes ponham em causa ideias feitas.
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