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(Foto:ionline.pt)
No dia da entrevista de Sócrates, Cavaco fez uns comentários deslocados sobre intrigas político-partidárias que em nada ajudavam a resolver a crise que o país atravessa. Cavaco acha que duas pessoas bem-intencionadas com a mesma informação chegam à mesma solução. É normal que o irritem aqueles que não lhe reconhecem o génio superior.
No dia a seguir à entrevista onde Sócrates disse com todas as letras o que pensava do inquilino de Belém, em contra-resposta que dá razão aos que falam da sua mão escondida, mais coisa, menos coisa, Cavaco repetiu o que dissera na véspera numa empresa de peixe congelado.
Ontem, confrontado por jornalistas recusou-se a responder às duras acusações de José Sócrates: "Há uma coisa que um Presidente da República nunca faz: é comentar comentadores", afirmou.
Apenas um vício no raciocínio presidencial. Na entrevista à RTP, Sócrates respondeu a um prefácio escrito por Cavaco - Presidente. A um prefácio onde o chefe de Estado fez duras acusações e críticas ao ex-primeiro-ministro quando este já não tinha quaisquer hipóteses de defesa institucional.
Atacar quem não se pode defender, recusando-lhe mais tarde o direito ao contraditório, tem um nome. Mas enfim, nada que assente bem a um Presidente da República.
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