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Louçã disse-o na sexta. Medeiros Ferreira escreveu-o no sábado.
Portas tenta a todo o transe acertar agulhas com um novo eleitorado.
Com os reformados já não se deve safar. Numa pasta, Mota Soares cortou-lhes as reformas, já Assunção Cristas aumentou-lhes as rendas.
Também havia os contribuintes, e nessa área também não se dá pela acção moderadora do partido antigamente conhecido como partido dos contribuintes.
A obsessão recente com a pasta das Economias vinca como Portas aspira poder dar dinheiro aos empresários e encontrar um novo nicho eleitoral.
Só que parece que Passos Coelho não está pelos ajustes. Hoje, no processo em curso de remodelação às pinguinhas, Castro Almeida reforçou a pasta do Desenvolvimento Regional entregue há uma semana e tal ao também laranja Miguel Poiares Maduro. Amanhã, Álvaro Santos Pereira anuncia um programa para a recuperação económica.
A jogada de Passos Coelho é arriscada. Portas não quer correr o risco de que se comece a perceber que, mais que fazer coisas pelos eleitores, lhe interessa o poder.
Se deixar o marfim correr, há a hipótese de ver esvaziar-se-lhe o partido e nada lucrar com uma eventual pasokização do parceiro laranja. Mais vale sair antes, zangado, e convergir com um PS ganhador.
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