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(Foto: sicnoticias.sapo.pt)
Desde que, há dois domingos, Paulo Portas foi à televisão explicar o denodo com que continuava a defender reformados, tem andado o espaço público ocupado por um corropio de amigos, correligionários e fãs zangados com os que acusam o ministro dos Negócios Estrangeiros de encenação.
Alguns, como Vasco Pulido Valente - que resguardado pela declaração prévia de que é amigo de Portas pretende excluir-se da sua própria intenção política -, descobre nos críticos intenções explícitas: Tenta quebrar-se o eventual elo mais fraco do Governo para o derrubar.
Como se comprovará, há dois anos que por aqui se liga Paulo Portas e encenação. A ideia está longe de ser original, embora em muito da análise publicada a pareçam ter descoberto apenas agora e se mostrem incapazes de a ver desligada de intenção partidária. O achado recente de Pulido Valente remete mais para o campo da desatenção de que para o da especial elaboração intelectual e faro político.
O mal explicado recuo (ou não recuo) em dominical conselho de ministros, apenas oito dias depois das declarações de Portas, não reforçou um ponto de vista benigno para o governante. Até prova em contrário, Paulo Portas e encenação continuam a declinar-se do mesmo modo. Mesmo entre quem tem a certeza absoluta que o seu ponto de vista em nada influenciará o futuro da coligação.
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