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Carvalho da Silva classificou a posição da chanceler alemã como colonialista. João Proença acusou-a de ignorância. No seu país, a oposição chamou-lhe populista.
Mas quando Angela Merkl - que, apesar da ruinosa compra dos submarinos, ninguém elegeu para dirigir os destinos portugueses - exige que os portugueses trabalhem mais horas e sigam mais tarde para a reforma está também a explorar a xenofobia. A manifestar o mesmo racismo e desprezo pelo Sul que vem nos jornais mundiais quando com o acrónimo PIIGs se refere aos países em risco da zona Euro. Sim, que a malta por cá é toda calona, irresponsável e ronhosa.
Se tivéssemos políticos a sério, preocupados com a dignidade humana, em vez de capatazes de bancos a coisa já tinha rebentado a sério. E claro que os patrões cavalgam a ideia embora ainda ninguém tenha explicado em que sectores é que se pode exigir maior carga horária dos trabalhadores.
Só que não. Calharam-nos em sorte, tíbios como Cavaco que vai à República Checa ouvir o presidente local insultar o povo que representa e calar-se de risinho amarelo. Depois não se admirem que sejamos destratados como somos.
Do primeiro-ministro nem vale a pena falar. Diz tudo e o seu contrário, pelo que de convicções, democráticas ou outras, estamos conversados.
Infelizmente, já ninguém se recorda da reacção de Carlos Pimenta quando no Parlamento Europeu um inglês chamou mafiosos aos portugueses. Há exemplos que não pegam. A coluna vertebral é daquelas coisas que ou se tem ou então não vale a pena inventá-la.
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