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Miguel Sousa Tavares cultiva uma escrita jornalística com tomates, perdoem-me o vernáculo.
Infelizmente, há anos que quase só a usa para dizer asneiras. Perde tempo com a defesa do futebol, de causas como o direito a fumar para cima de quem não fuma e a acusar os que não pensam como ele – leia-se os que não são próximos do PS – de demagogia.
Agora, na sua versão falante, atira contra os Homens da Luta, gesticulando com o papão alemão. Depois de ressalvar que não vê o Festival (a sério?) explicou que os eleitores de Frau Angela Merkl não vão gostar nada do tema escolhido por portugueses. No fundo, uma variante do Podes casar com quem quiseres desde que seja com o primo Joaquim.
De seguida, casca na manifestação de dia 12 de Março convocada pela Geração à Rasca mas confunde tudo. Acusa-os de serem demagogos e de defenderem o fim dos políticos.
A SIC exibe Miguel Sousa Tavares em horário nobre, depois de ter lutado com a TVI pelo direito a ter os seus comentários. Com ligeireza e aquele ar de superioridade enfadada a que habituou o vulgo, informa os espectadores sobre os seus ódios.
Desta vez, acabou previsivelmente a condenar a manifestação de 12 de Março mas misturou a mal identificada manifestação 1 Milhão na Avenida da Liberdade pela Demissão de Toda a Classe Política com a da Geração à Rasca.
Como jornalista que é talvez valesse a pena fazer um bocado melhor o trabalho de casa. Todos podemos errar, mas misturar alhos com bugalhos contribui pouco para informar. Da última vez que incautamente olhei acho que o principal objectivo do jornalismo era esse.
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