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A carreira de Sócrates – cuja obstinação tão saudada foi por jornalistas e pela opinião publicada quando chegou ao poder – está à beira do fim com a derrota eleitoral que se avizinha. Almeida Santos, o inamovível presidente do PS, já avisou. Os jornalistas de ontem com a cara-de-pau que a falta de memória, de vergonha, ou lá do que é, justifica, já saúdam o senhor que se segue.
Agora das duas uma. Ou o PS vai para o Governo ou o PS fica na oposição. E para saber o que vai acontecer, é preciso saber quem sucede a Sócrates dentro do partido.
A Direita quer o PS no Governo. Precisa de quem legitime a mãe de todas as Revisões Constitucionais, a tal que o FMI preconiza. Nas hostes do PS, a oferta pode parecer tentadora, pelo que significa de manutenção de clientelas. Ao longo dos últimos seis anos, não as comoveram as sucessivas entorses aos apregoados princípios socialistas e inclusive até chegaram a reeleger Sócrates.
Se o PS aceitar ir para o Governo ficam garantidos no parlamento os dois terços da maioria qualificada necessária para alterar a Lei Fundamental. E o mais provável é que se varra de vez o 25 de Abril para debaixo do tapete da História, com o PS a acabar o que tinha começado em Novembro de 1975.
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