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Há uns anos, escassos, não havia noticiários em que os jornais não dessem notícias de um povo sul-americano que se revoltava todos os dias batendo panelas contra o presidente lá do sítio, um ditador dizia-se.
Não tinha opinião solidamente formada, acerca do senhor, algo populista. Comecei a tê-la quando reparei que as senhoras que batiam nas panelas eram maioritariamente muito louras e muito europeias. Ora, num país sul-americano, louros com ar europeu são obviamente minoritários e dificilmente representativos daquilo que se poderia identificar com o povo - em regra, por ali, com muita mistura também de sangues africanos e índios. Acrescia que boa parte daquela gente apelava ao buzinão ao volante de automóveis da Mercedes. Fiquei conversado acerca da objectividade dessas notícias, que ouvidas sem som e sem ligar ao texto do jornalista contavam uma coisa bem diferente.
Ora, o avião que um colégio privado usa para se manifestar contra Sócrates até pode ser muito barato, ter mais impacto do que um megafone e ter sido pago com o último dinheiro que havia em caixa após os cortes feitos pelo Governo a estas instituições. Mas que cheira a meio de luta de quem não tem problemas financeiros e apenas quer manter privilégio - sim, aqui, justamente, prvilégios - lá isso cheira.
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