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Demonstração política

por Tempos Modernos, em 02.08.13

Eu sou aquilo que se chama uma pessoa bem intencionada.

 

Ora, do meu ponto de vista, Maria Luís Albuquerque tem sucessivamente alterado aquilo que diz a propósito do seu conhecimento das SWAPS. À medida que Teixeira dos Santos, Costa Pina e até o seu ex-chefe Vítor Gaspar dizem coisas, a já não tão recente nova ministra das Finanças matiza o que diz.

 

Até Marcelo Rebelo de Sousa, sempre pronto a defender os pontos de vista clubístico-partidários do PSD de ambos, confirmou que Maria Luís Albuquerque mentiu.

 

E, se mentiu, não tem, concluo eu, condições ou idoneidade para se manter no cargo. Deveria demitir-se ou ser demitida.

 

Pouco interessam as garantias que Passos Coelho deu a Cavaco Silva sobre Maria Luís Albuquerque.

 

A caução dada pelo primeiro-ministro em nada atenua outra informação que Cavaco tem sobre a ministra - Exactamente a mesma que o comum dos mortais tem sobre ela: a sucessora de Gaspar mentiu.

 

Anteontem, na sequência de novos dados sobre os conhecimentos da ministra a propósito da existência de SWAPS, e de nova matização de afirmações anteriores, Cavaco voltou a abonar a manutenção da governante.

 

De acordo com um aforismo muito querido ao inquilino de Belém duas pessoas bem intencionadas com a mesma informação chegam necessariamente à mesma solução. 

 

Sendo eu bem intencionado, vide supra, e advogando a demissão de uma governante pouco séria com a verdade - até o seu correlogionário Marcelo diz ter mentido -, só se pode concluir, de acordo com o aforismo presidencial, que Cavaco não é uma pessoa bem intencionada.

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publicado às 22:42

Infelicidade ou propósito

por Tempos Modernos, em 27.07.13

 

Maçam-se muitas vezes políticos e comentadores da direita portuguesa com acusações de Salazarismo, que 39 anos de democracia já deviam ter feito esquecer certas acusações. Mas depois, há o dia da raça cavaquista, a união nacional de Passos Coelho.

 

Para os defensores da hipótese benigna, trata-se de gaffes, equívocos de linguagem. Para os adeptos da teoria maligna, o conservador Cavaco e o menino queridíssimo dos liberais portugueses sabem muito bem o que querem dizer.

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publicado às 21:04

Defender os portugueses

por Tempos Modernos, em 19.07.13

Por mais que os josés gomes ferreiras, os cavacos, os manuéis clementes e os van zellers espumem, é positivo e gerador de esperança o falhanço da convergência do PS com um governo em estado de desorientação.

 

Tal como são positivos os sinais saídos da reunião entre o PCP e o BE.

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publicado às 23:07

O presidente de todos os credores

por Tempos Modernos, em 18.07.13

Cavaco quer a salvação dos credores (e já agora do seu partido), mas chama a isso "salvação nacional".

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publicado às 23:50

Contas partidárias ou suicídios anunciados

por Tempos Modernos, em 18.07.13

Quando forem notados os resultados apresentados no boletim económico de Verão do Banco de Portugal (pdf) ficará mais clara a actuação do Governo que ainda aí está.

 

Em larga medida, explicam o ímpeto crescente da chantagem para manter o Executivo PSD/CDS-PP. Há (aqui e aqui, por exemplo) quem não queira perder os rendimentos.

 

Deixar que os resultados tornem claro o valor das políticas da coligação, da tróica e da União Europeia pode contribuir para a pasokização do PSD. Eleições a realizar ainda este ano, preferencialmente entre Setembro e Outubro seriam talvez clarificadoras.

 

Em contrapartida, a pasokização pode atingir o PS caso este partido assuma um acordo - a ver o que sai da já marcada reunião da Comissão Política Nacional onde têm assento figuras críticas do consenso para a "Salvação Nacional" tão desejado pelo parcialíssimo Cavaco - e admita ir às eleições no prazo fixado por Belém, 14 de Junho de 2014.

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publicado às 11:15

O criminoso que quer ser recompensado

por Tempos Modernos, em 18.07.13

E, depois, os principais defensores da estabilidade governamental (PSD, CDS-PP, Cavaco), sempre prontos a chamar irresponsáveis aos que pedem eleições antecipadas, não se preocuparam nada em lançar o país numa sucessão de demissões (Gaspar, Portas), reuniões, adiamentos, escalada de

juros e pressão dos mercados.

 

Lembra a história do parricida que pede ao juiz para se condoer da sua sorte de pobre órfão.

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publicado às 00:17

Só a falta de acordo salvará a Nação

por Tempos Modernos, em 17.07.13

Devia dizer qualquer sobre a pressão que comentadores, jornais e patrões (a que entretanto se juntou a UGT) têm feito desde que Paulo Portas se demitiu para impedir a queda do Governo. Em tempos, Judite de Sousa foi surpreendida com o desfile de banqueiros que se ofereceram para que ela os entrevistasse. Só percebeu depois que se tratava de uma campanha para pressionar o derrube Sócrates. De uma ponta à outra, comentadores e jornais falam de "Salvação Nacional", mas sem aspas. Não é preciso ser particularmente desconfiado, nem muito inteligente para não o perceber. Mas é o que temos na comunicação social. Alinhamento e mercado. A informação risca quase nada. A dissidência e a divergência de pontos de vista pagam-se caras.

 

A expressão "Salvação Nacional" é usada como se o termo fosse neutro e não uma invenção para convencer os eleitores que o plano da tróica, do Executivo e de Cavaco tem virtudes. Como se realmente fosse a Salvação Nacional aquilo que perseguem PSD, CDS-PP e PS, supervisionados por Belém e visitados pela ministra dos SWAPS, Poiares Maduro e Carlos Moedas. Como se a Salvação Nacional passasse por amarrar o país durante mais de uma década aos ditames da tróica e dos modelos neo-liberais, esvaziando o valor de qualquer eleição futura e impedindo os eleitores de votarem em programas alternativos. Como se a Salvação Nacional passasse por dar dinheiro aos bancos (aqui e aqui, por exemplo) e aos credores e não em assegurar a vida digna dos portugueses.

 

Não tenho a mínima dúvida de que o Executivo deveria cair. Nos termos em que está a dívida é impagável e não é com austeridade, nem com desemprego e recessão que alguma vez teremos dinheiro para a pagar. Nem todo o IRS e IRC cobrados chegam para isso. Quem diz o contrário mente.

 

O corte de 4,7 mil milhões de euros (tirado do chapéu por Vítor Gaspar)  caso ainda não se tenha percebido, é o fim de qualquer veleidade de estado social digno de um país civilizado. É o fim dos serviços públicos de qualidade. Muitos dos costume, que se queixam dos custos dos serviços públicos  ainda se vão queixar mais quando deixarem de ter acesso a eles - que é o plano que está em cima da mesa.

 

O ideal é que não haja acordo. Que o PS salte fora do comboio e assuma o que muitos dos seus têm sugerido. E que saiba apontar à inversão do rumo que aqui nos trouxe. Infelizmente, o comportamento do partido de António José Seguro não é de molde a sossegar. O mesmo PS que aceitou dialogar com os partidos da coligação governamental depois de andar durante meses a exigir a sua demissão, acusa BE e PCP de andarem em "jogos partidários".

 

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publicado às 22:56

O risco

por Tempos Modernos, em 15.07.13

Outra breve nota. Espera-se que o PS saiba sair da armadilha montada por Cavaco. O contrário será o fim até da alternância e a entrada definitiva na pós-democracia.

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publicado às 22:57

Estranhos tempos estes...

por Tempos Modernos, em 13.07.13

... em que os que defendem que se governe em nome dos cidadãos e não dos mercados são acusados de radicalismo.

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publicado às 22:55

Irrevogavelmente demissionário, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, não esteve ontem no Conselho de Ministros. Mas hoje andou pelo debate sobre o Estado da Nação que encerrou citando Sá Carneiro e o interesse nacional.

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publicado às 14:16


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