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Luís Rainha, no jornal i
Viriato Soromenho Marques, no Diário de Notícias
Luís Pedro Nunes, do alto do seu púlpito n’O Eixo do Mal, da SIC Notícias, acusa a FENPROF de não se renovar e manter Mário Nogueira* como secretário-geral há demasiados anos.
Mário Nogueira foi eleito pela primeira vez em 2007 para o lugar que ocupa - e reeleito duas vezes desde então. Luís Pedro Nunes é director do jornal satírico O Inimigo Público desde 2003, mas não consta que alguém tenha votado nele. É só o dono da bicicleta.
*Figura que nem me é particularmente simpática
(Foto: Bola.pt)
Na semana passada, na TVI, Marcelo Rebelo de Sousa apenas disse uma coisa interessante: que até pode andar muita gente a dizer mal da Constituição, mas esquecem-se que os artigos da Lei Fundamental que derrubarão o Orçamento de Estado são artigos que todas as constituições democráticas têm. Ou seja, acrescento eu, trata-se artigos que por lá continuarão mesmo se o texto vier a ser alterado, extirpando arcaísmos como o direito à saúde, à educação, à habitação e lá essas coisas de que as pessoas precisam para viver.
O Governo rabeia com a possibilidade de ver chumbado o Orçamento de Estado dois anos seguidos. Passos Coelho e Gaspar mostram-se incapazes de cumprir a lei, mas pelo discurso parece que foras-da-lei são os juizes do Constitucional. Cavaco não sabe o que fazer com a Constituição e não serão os assessores que o auxiliarão, Não o deixam publicar coisas nas redes sociais em vez de o aconselhar a portar à altura do cargo que exerce? Rebelo de Sousa veio pôr água na fervura dos defensores das mudanças constitucionais. Logo ele que nem será um particular adepto do texto actual.
Nos jornais, preferiu destacar-se as suas boas-vindas a Sócrates bicando Rui Gomes da Silva. Em 2004, este ministro de Santana Lopes contribuiu para o fim da primeira estada de Marcelo na TVI. Ao que por aqui se pensava, em 2011, não se mudou uma vírgula. A coisa piorou entretanto, com a chegada de outros compères, embora Rebelo de Sousa tenha sugerido que isso é uma coisa boa.
No caso presente, José Sócrates apenas ocupa um espaço que outros lhe dão. Não será a primeira vez que a comunicação social promove tempos de antena travestidos de jornalismo e comentário. Não há nenhum motivo para votar José Sócrates ao ostracismo, nem para que - como já muitos lembraram - os que se zangaram com a Grândola cantada a Relvas andem agora a promover petições para calar o ex-primeiro-ministro.
Quando um tipo faz certas e determinadas afirmações e depois diz não receber lições de ninguém por já as ter recebido da família (e da escola e da igreja católica), não se pode queixar muito quando a seguir lhe insultarem a parentela.
Neste blogue não se faz jogo clubístico-político, nem se entra em intrigas jornalístico-partidárias.
Não se cultivam os lugares comuns da opinião publicada, nem se valorizam opiniões só por virem dos bonzos do regime.
Também não se poupam órgãos de comunicação social por serem potenciais empregadores.
Pode não se ter sempre razão, mas só se escreve quando se está absolutamente convicto de que se tem.
A objectividade é impossível, a honestidade não.
"Quando no sítio onde és funcionário, te dão instruções para não entregar trabalhos externos ao companheiro que contigo trabalhou, nesse mesmo sítio, lado a lado, durante anos, e tu nada lhe dizes, nem nunca mais o contactas, e ele vem a descobrir, passados meses, e por interposta pessoa, que o tentam condenar à fome e ao desemprego, mandam as regras das boas-maneiras que não lhe envies pedidos de amizade de redes sociais."
in Guia Elementar de Etiqueta e Protocolo
As filhas-da-putices ficam sempre com os filhos-da-puta.
Maria Filomena Mónica tem uma vantagem sobre a esmagadora maioria dos publicistas portugueses. Crítica, truculenta e até desbocada aceita com desportivismo a agressividade que recebe de volta. O que num país de comentadores com pele excessivamente fininha e avessos ao contraditório é uma notória vantagem.
Há tempos, comentava que era tão solicitada para dar opiniões que qualquer dia acabava conhecida como a Lili Caneças da Sociologia. E se se reparar bem, às vezes até se põe muito a jeito.
Nunca conheci ninguém que o não tivesse.
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