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Esquerda com 53 por centos dos votos portugueses

por Tempos Modernos, em 05.08.16

Já agora, mais mais duas coisas dignas de nota nesta curiosa conclusão editorial do Expresso, alargada ainda à SIC e à SIC-Notícias (e ao falido Económico),

 

1. Por um lado, na análise dos resultados desta sondagem ignora-se que a conversão dos votos em mandatos é feita por distrito e pelo método de Hondt. O que a ficha técnica  da sondagem diz é que os votos foram estratificados por regiões NUT de nível II. Não falam na distribuição por distritos, mas sim de uma leitura nacional.

 

Se um só partido obtivesse uma maioria absoluta a nível nacional, isso poderia indiciar e implicar a sua vitória e o direito a formar Governo. Já a soma das votações nacionais de vários partidos tende a ignorar os restos de cada distrito, votos efectivamente recebidos, mas não suficientes para serem convertidos em mandato de um deputado.

 

Vários restos acumulados a nível nacional em vários partidos podem indicar uma subida de votação, mas já não indicam necessariamente a otenção de votos que permitam ao partidos somados atingirem uma maioria absoluta.

 

2. Mas se a análise técnica e meramente numérica tem fragilidades, a análise política não se fica a rir. A realidade é que a sondagem não dá exactamente uma maioria absoluta de 45,2 por cento a dois partidos. O que a sondagem dá realmente é que, somados, os três partidos, PS, BE e CDU, atingiam já 53 por cento das intenções de voto a nível nacional. Dito como foi dito pelo Expresso, e repetido nos canais televisivos do grupo de Balsemão, até pode dar a impressão que a solução governativa não tem vindo a ganhar apoiantes e gente satisfeita com ela.

 

O que ocorre aos jornalistas que fizeram a análise (e aos que a repetiram) não é vincar a subida de votos da solução existente. O que lhes ocorre é ler os números de modo que ponham em causa a solução a três.

 

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publicado às 21:19

Uma causa inglória

por Tempos Modernos, em 24.06.16

As sondagens condicionam votos. Desvirtuam por isso a democracia e nem deviam ser publicadas.

 

Mas em  todos os lugares do mundo há uns chicos-espertos que arranjam maneira de contornar a legislação.

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publicado às 19:31

Sempre

por Tempos Modernos, em 25.04.16

 

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publicado às 11:46

A esperança enquanto a última a morrer

por Tempos Modernos, em 10.11.15

Depois de ter sido conhecido o fecho das negociações à esquerda e terem sido anunciadas quatro moções de rejeição, já se ouviu Diogo Feio manifestar a esperança de que nada está acabado: Para o Governo cair, as moções têm primeiro de ser aprovadas no Parlamento e depois a constituição de um novo Governo - e a eventual solução à esquerda - ainda passa por Belém.

 

Feio espera, pois, no mesmo estado nervoso que tantos têm manifestado (aqui, aqui, aqui).

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publicado às 13:01

Só não tinha imaginado a obrigação constitucional de ouvir os partidos antes de dizer ao presidente do seu que fosse formar Governo.

 

* Título do Jornal de Notícias

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publicado às 13:05

Do uso político das sondagens

por Tempos Modernos, em 08.07.15

sondagensinsodaveis.png

 

 

Duas das mais batidas personagens da política nacional usam prefácio e posfácio do livro Insondáveis Sondagens, de Diogo Agostinho e de Alexandre Guerra, para bater nas sondagens políticas.

 

Santana Lopes e Paulo Portas dirigiram o centro de sondagens da Universidade Moderna, mas agora admitem que as sondagens podem tornar-se "quase armas de destruição política", "influenciar o discurso político e as eleições".

 

Se há coisas de que o antigo primeiro-ministro e o vice-primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros não podem ser acusados é de inocência, falta de capacidade de cálculo ou de intencionalidade das suas acções políticas. Se dirigiram empresas de sondagens, é bastante duvidoso que não soubessem ao que iam e o que estava em causa.

 

Não era preciso que tivessem sido pessoalmente afectado por sondagens, para perceberem a perversidade democrática da sua publicação e divulgação pelos jornais e outros órgãos de comunicação socail. Se fossem politicamente consequentes Santana Lopes e Paulo Portas iriam mais longe naquilo que dizem. E não se limitavam a escrever umas coisinhas no início e no final de um livro.

 

Nota: Em 2011, já  aqui se defendia a proibição da publicação destas sondagens na comunciação social. São intrumentos de enviesamento, manipulação e instrumentalização da vontade popular e não ferramentas de esclarecimento.

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publicado às 14:27

Uma crónica a subscrever de uma ponta à outra

por Tempos Modernos, em 19.08.14

"Agora, a guerra transferiu-se para a Comissão da Carteira, que multa o jornal se publicar notícias assinadas por estagiários curriculares. Entendo que é uma visão desfocada do que está em causa. Toda a gente pode enviar uma notícia para um jornal e assiná-la. Mas sendo o jornalismo uma ocupação principal, permanente e remunerada, quando o estagiário curricular enviar o seu dossiê de trabalhos, pode a Comissão da Carteira pedir a prova da remuneração. Não a havendo - Inspeção de Trabalho na empresa! Assim haja água suficientemente gelada para a despertar da hibernação."

 

Oscar Mascarenhas, provedor do leitor do Diário de Notícias, (Aqui e aqui)

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publicado às 09:40

"Em tempo: diga-se tudo o que se quiser de Mário Soares. Merecendo ou não, está a jeito de qualquer crítica. Às ideias e ao que diz e ao que faz e fez. Mas quem o ataque pela idade, sugerindo senilidade e até inimputabilidade, não faz mais do que derrapar com os dois cascos no unto da sua própria vulgaridade."

 

Oscar Mascarenhas, "Crónica do provedor", in Diário de Notícias, 30 de Novembro de 2013

 

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publicado às 16:15

Confusões de poderes

por Tempos Modernos, em 14.11.13

 

Os tempos andam perigosos para os cultores da teoria da separação de poderes.

 

O Governo, detentor do poder executivo (bem como muitos cidadãos com escassa noção do que é uma democracia, muitos deles pagos pela comunicação social e até com carteira profissional de jornalista e  cargos de direcção), tem achado que a Constituição, a Lei Fundamental do país, deve ser morta e esfolada até lhes acertar nas vontades.

 

Agora, saem-nos na rifa acórdãos onde se espera que decisões judiciais desanuviem tensões diplomáticas.

 

Passa-se qualquer coisa de muito estranha com os critérios de recrutamento e de formação de certas elites nacionais que teimam em meter-se nas jurisdições umas das outras.

 

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publicado às 17:26

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publicado às 20:20


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