Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Nas véspera de Natal, Paulo Ferreira, um desses directores e comentadores inamovíveis da comunicação social portuguesa, recebeu com espanto fingido a notícia de que Marcelo Rebelo de Sousa admite custos para os contribuintes na solução proposta pelo Governo para os lesados do BES.
“A sério?? Por esta é que ninguém esperava.”, tuítou.
A gracinha é de uma ironia pesada e peca por tardia. Não se recordam idênticas preocupações de Paulo Ferreira com os contribuintes nos quatro anos e meio da governação da dupla Passos Coelho e Paulo Portas.
Paulo Ferreira é um jornalista medíocre e parcial cujo sucesso na carreira só se explica pelo estado comatoso a que a nossa corporação e os jornais se deixaram chegar. Eles na crista das fichas técnicas e o jornalismo nas cavas.
Em condições normais, num meio onde a informação tivesse relevância democrática e valesse enquanto bem social, as qualidades que Paulo Ferreira tem revelado no exercício público da profissão nunca o recomendariam para as várias funções de chefia jornalística coleccionadas.
O jornalismo em Portugal só se fará contra estas figuras. Não servem a informação e dão-lhe mau nome.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.